Em operação desde abril deste ano, o Botão do Pânico é uma ferramenta de apoio à mulher que sofre violência doméstica e está disponível para as vítimas que possuem medida protetiva contra o agressor. O aplicativo, desenvolvido pela equipe de planejamento da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, já registrou acionamentos.
Conforme a Guarda Civil Municipal, ao acionar a ferramenta, o aplicativo envia a informação atualizada da localização da vítima para os agentes. A partir daí, com apoio do Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e à Mulher, as forças de segurança seguem para atender a ocorrência e fazer cumprir a medida judicial.
Nos dois casos, a GCM registrou uma média de cinco minutos no tempo-resposta, a contar do momento do acionamento até a chegada no local.
De acordo com o coordenador da GCM, tenente Jota Lima, tanto na Guarda como no Núcleo, os profissionais orientam as vítimas que possuem medida protetiva a baixar o aplicativo.
“Nossos agentes estão orientados quanto a essa questão. Com isso, quem chega em busca de atendimento, desde que tenha a medida protetiva, a gente já faz o cadastro no celular e orienta a vítima sobre como fazer o acionamento”, explica o comandante.
Ainda conforme o comandante, estima-se que mais de 100 mulheres já estão com a ferramenta instalada no celular.
Às mulheres vítimas de violência doméstica, que queiram baixar o aplicativo, devem, antes de tudo, registrar boletim de ocorrência e possuir medida protetiva contra o acusado. Em caso de dúvidas, podem acionar a Guarda Civil Municipal pelo número 153, ou comparecer até a base localizada na Rua Sarandi, n° 2.201 E, bairro Rio Verde. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.
Agosto Lilás
Neste mês, ações marcam a campanha nacional Agosto Lilás, que tem o objetivo de discutir temas relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres em suas diversas formas.
Agosto é o mês em que foi sancionada a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006), que completou 16 anos no dia 07. Maria da Penha hoje tem 77 anos e lutou pela sua sobrevivência após viver por muitos anos sofrendo violência doméstica pelo seu ex-marido
Dados do Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e à Mulher, instalado dentro da Delegacia da Polícia Civil desde 2021, mostram que, de setembro do ano passado até o mês de julho de 2022, foram 450 atendimentos, em uma média de 30 a 53 casos nesses meses.