A notícia do adiamento da entrada em vigor da lei europeia que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas, anunciada pela Comissão Europeia, trouxe um alívio temporário para o setor produtivo brasileiro, principalmente em Mato Grosso. No entanto, a preocupação com os impactos da legislação ainda persiste.
Segundo estimativas da Aprosoja-MT, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, o estado poderia perder cerca de R$ 6 bilhões em receita com a aplicação da lei em sua forma original. O Governo Federal também sinalizou que as exigências europeias poderiam afetar significativamente as exportações brasileiras, com um impacto estimado em 15% do total e 34% das exportações para a Europa.
A lei, que entraria em vigor em janeiro de 2025, estabelece que os importadores europeus deverão comprovar que os produtos que adquirem não foram produzidos em áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020. As cadeias produtivas do café, soja, óleo de palma, madeira, couro, carne bovina, cacau e borracha são as principais afetadas pela legislação.
Impacto em Mato Grosso
Mato Grosso, um dos maiores produtores agrícolas do Brasil, seria fortemente impactado pela lei europeia. A soja, principal produto agrícola do estado, seria uma das mais afetadas pelas novas regras.
A necessidade de rastrear a origem da soja e garantir que ela não esteja associada ao desmatamento representaria um grande desafio para os produtores mato-grossenses.