O Laboratório Central do Estado (Lacen/MT) possui capacidade para analisar 800 amostras de testes para o coronavírus diariamente. O tempo com trabalho manual pode levar 12 horas e o automatizado cerca de 6h. Paralelo a isso, existe a logística, o que pode elevar o período de liberação, fazendo-o chegar a 48h.
Atualmente são 15 pessoas exclusivas trabalhando no diagnóstico da Covid-19. Alguns testes ficam prontos em até seis horas, enquanto outros podem demorar até 48 horas. “Isso depende do material e da demanda que a gente recebe”, revelou a diretora do Lacen, Elaine Cristina de Oliveira.
“O tempo preconizado, padronizado para o Brasil pelo Ministério da Saúde é de até 72 horas. Seria o prazo para a gente entregar esse resultado. Até porque o resultado do exame não influencia na conduta que o médico vai ter com o paciente. É uma doença viral, e ela não tem um medicamento específico”, acrescentou.
A demanda começou com 70 amostras por dia, mas na sexta-feira (22), chegou a atingir 500 em 19 horas. São dois turnos que começam das 6h e vão até às 20h, inclusive aos finais de semana e feriados. A previsão é que o número de funcionários aumente por conta do crescimento de amostras.
“Hoje temos a questão dos leitos, priorizamos os pacientes com de SRAG [Síndrome respiratória aguda grave], que estão hospitalizados ocupando leitos, e óbitos, que são liberados em até seis horas, até por conta do velório, porque a parte funeral é diferente para o paciente da Covid-19”, relata Elaine Cristina.
O Lacen trabalha na estrutura para conseguir aumentar essa capacidade de análise. “Isso com equipamento, insumos, pessoal”, afirma. O Laboratório é uma unidade de referência para o Estado, reconhecido pelo Ministério da Saúde. Embora outros laboratórios ofertem o exame, eles realizam as coletas e encaminham as amostras para fora de Mato Grosso.
“Atentar tanto os profissionais da saúde quanto a população ao período correto de coleta, que é do 3º ao 5º dia, podendo ser passado até o décimo. Isolamento social é muito importante, vemos na curva de contaminação, que deu uma segurada no aumento quando medidas foram tomadas. Tem que cuidar de si e dos outros. É algo para ficar claro para a população”, ponderou.
