A Justiça de Mato Grosso determinou medidas protetivas para a avó e a bebê, que foi retirada do ventre de uma adolescente assassinada em Cuiabá. A decisão foi tomada pela juíza do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) após a avó da criança relatar que tem recebido ligações e mensagens anônimas ameaçadoras, o que gerou grande preocupação.
A decisão judicial impõe restrições aos investigados, incluindo a proibição de aproximação de até 1.000 metros da avó e da criança, bem como qualquer tipo de contato, seja por mensagens ou redes sociais. Além disso, os suspeitos estão proibidos de frequentar quaisquer locais onde a vítima menor de idade e seus familiares estejam presentes, com o objetivo de preservar a integridade física e psicológica de todos. O descumprimento das medidas poderá resultar na decretação da prisão preventiva.
A principal suspeita do crime confessou a autoria e permanece presa preventivamente. Os outros investigados foram liberados, mas continuam sendo investigados.
Na decisão, a juíza enfatizou a urgência da proteção, dada a ameaça à integridade da avó e da criança.
O crime ocorreu no dia 12 de março, quando a adolescente foi atraída para uma residência sob o pretexto de receber doações de roupas de bebê. No local, a vítima foi asfixiada e teve a barriga cortada para que a bebê fosse retirada de seu ventre. A assassina foi presa após levar a recém-nascida ao hospital e tentar se passar pela mãe da criança. O corpo da adolescente foi encontrado enterrado no quintal da residência.