Após quase 17 anos do assassinato de uma ex-funcionária do Cartório do 1° Ofício de Pontes e Lacerda- Mato Grosso, a filha do então proprietário do cartório foi condenada a 20 anos de reclusão.
A acusada foi julgada na terça-feira (21) pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, após o desaforamento do processo. A promotora de Justiça sustentou a acusação de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O Conselho de Sentença reconheceu a culpabilidade da acusada como mandante do crime, e ela cumprirá a pena em regime fechado.
Contexto do Crime
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou sete pessoas pelo homicídio, incluindo o pai e o irmão da acusada. Devido ao falecimento de outros dois acusados, o processo foi desmembrado e apenas a filha foi julgada.
Em 2007, na região central de Pontes e Lacerda, um executor contratado disparou contra a ex-funcionária do cartório. A denúncia afirma que outras pessoas colaboraram significativamente para o crime, planejando e facilitando a execução.
Motivação e Planejamento
A vítima trabalhou no cartório de outubro de 1989 a março de 2005. Após sua demissão, ela ingressou com uma ação trabalhista exigindo verbas laborais e indenização por danos morais, somando quase R$ 872 mil. Além disso, ela tinha conhecimento de diversas irregularidades nas atividades do cartório, o que motivou os responsáveis a decidirem por sua morte.
A família contratou um intermediário para executar o crime, que por sua vez recrutou um executor final, com auxílio de um mototaxista para efetivar o assassinato.