A Justiça autorizou que seja realizada, nesta sexta-feira (2) a escavação em busca dos restos mortais de Luzinete Leal Militão, após o marido confessar assassinato. O homem, de 64 anos, procurou a polícia na terça-feira (30), para contar que havia matado a mulher, por ciúmes, em outubro de 1994.
De acordo com o suspeito, ele teria enterrado o corpo de Luzinete, no banheiro da casa onde moravam. Algum tempo depois do crime, ele vendeu a residência.
Após a confissão, o delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça solicitou uma autorização judicial para que o local fosse escavado e o crime comprovado.
“Eles estavam construindo uma suíte. Ele colocou umas madeiras, como se fosse um caixão, e colocou o corpo dela com os documentos e pertences”, disse o delegado.
O procedimento vai contar com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), técnicos da prefeitura e engenheiros, além da Polícia Civil.
O crime
O homem disse ter matado a mulher no quarto do casal, enquanto ela dormia. Ele disse que usou uma barra de ferro para golpeá-la na cabeça. Entretanto, ao perceber que ela não havia morrido, ele a asfixiou. Depois, pegou o corpo de enterrou no banheiro que estava em construção, junto com os documentos pessoais da vítima.
Logo após o crime, o suspeito registrou um boletim de ocorrência para comunicar o desaparecimento da mulher. No documento ele alegou abandono do lar. Na época, os registros eram feitos à mão e, como ainda não havia um campo para ‘comunicante’, o suspeito é identificado como vítima. No caso, seria vítima de abandono.
Depois que o criminodo confessou o assassinato, o delegado conseguiu falar, por telefone, com as irmãs de Luzinete, que moram em uma cidade vizinha, mas elas não prestaram depoimento ainda. Os filhos só ficaram sabendo do homicídio essa semana.