Juíza da Infância e Juventude sugere acompanhamento para mudança cultural

Fonte: CenárioMT

juiza Gleide TJMT

O Poder Judiciário de Mato Grosso está comprometido em proteger crianças e adolescentes vítimas de violência, tratando-os como protagonistas em seus casos. Segundo a juíza Gleide Bispo dos Santos, titular da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá, é essencial educar e conscientizar os adultos para romper a cultura da agressão dentro das casas.

A juíza está considerando implementar a Escola de Pais na Vara que lidera, oferecendo acompanhamento multidisciplinar para pais e responsáveis das vítimas. Ela ressalta que, apesar dos avanços trazidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda há um longo caminho a percorrer.

Dados alarmantes apresentados pela magistrada mostram que a maioria dos crimes ocorre dentro das residências das vítimas, com os agressores sendo conhecidos em 81,5% dos casos. A pandemia aumentou esses números, destacando a necessidade de mais ações de conscientização e educação.

A criação de um Centro Especializado de Atendimento Médico e Psicológico Social é defendida pela juíza, visando garantir tratamento adequado para todas as vítimas. Ela destaca a importância da campanha “Quando o abuso surge, a infância desaparece”, lançada durante a campanha Maio Laranja, para conscientizar sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil.

Essa iniciativa visa não apenas esclarecer a população sobre os diferentes tipos de violência contra crianças e adolescentes, mas também promover os canais de denúncia disponíveis. A magistrada enfatiza que o apoio adequado é crucial para evitar as graves consequências do abuso infantil.

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É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.