O juiz Jacob Sauer concedeu liberdade à mulher presa na sexta-feira (2), suspeita de matar o marido de 30 anos, após ser agredida por ele em Sinop, no norte do estado.
A defesa da suspeita alegou legítima defesa, argumento que foi aceito pelo juiz.
À polícia, a mulher disse que passou o dia sendo ameaçada por pelo marido e que chegou a ser agredida. Segundo ela, eles entraram em vias de fato, momento em que a o marido teria puxado o cabelo dela e ameaçado pegar uma faca.
Para se defender, ela teria pego a faca antes e desferiu um golpe no pescoço dele.
Uma equipe do Corpo de Bombeiro foi chamada e fez os primeiros socorros. No entanto, o homem morreu ainda no local.
Conforme a decisão, a mulher apresenta lesões visíveis, que seriam decorrentes da possível briga.
Ainda de acordo com a documento, foi a própria conduzida que acionou o socorro e a Polícia Militar para socorrer o marido.
“Conquanto tais condições não sejam incompatíveis com a prisão preventiva, são demonstrativas de que a medida extrema, afora desnecessária na hipótese, pode vir a afetar três crianças que, possivelmente, já são vítimas de abandono ou negligência dos pais e de aparente quadro de violência doméstica”, ressalta.
O juiz pediu que sejam realizados exames de corpo de delito para comprovar as agressões. Jacob determinou ainda que a mulher, a cada dois meses, compareça em juízo para informar e justificar as atividades e a proibiu de se ausentar da Comarca sem prévia comunicação.
“A despeito da inegável gravidade do fato, a conduzida é ré primária e não ostenta um único antecedente criminal sequer, o que permite concluir que medidas cautelares menos invasivas serão suficientes para preservar ordem pública a sua vinculação a eventual processo criminal”, diz.