Dois jovens foram condenados a 38 anos de prisão cada um por cometerem dois homicídios qualificados no município de Rondonópolis. Os crimes, que chocaram a cidade, ocorreram entre os dias 20 e 22 de abril de 2022, em uma propriedade rural localizada na estrada da Galileia.
As vítimas foram brutalmente assassinadas com golpes de faca na região torácica e, em seguida, tiveram seus corpos carbonizados. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), os crimes foram motivados por disputas internas da organização criminosa Comando Vermelho, à qual os réus eram ligados.
Durante o julgamento, realizado nesta terça-feira (23), o júri popular acolheu a tese do Ministério Público, que considerou os homicídios como crimes hediondos, motivados por motivo torpe (vingança ou disputa entre grupos criminosos) e com emprego de fogo. Além disso, um dos crimes foi qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a vítima estava amarrada com cordas e arames no momento da execução.
Os laudos de necropsia corroboraram a tese acusatória, evidenciando as marcas de violência sofridas pelas vítimas e as circunstâncias em que ocorreram os crimes.
Os réus, que já estavam presos preventivamente, não poderão recorrer da sentença em liberdade. A decisão judicial demonstra a gravidade dos crimes cometidos e a necessidade de garantir a segurança da sociedade.
Os crimes chocaram a comunidade de Rondonópolis e reforçam a necessidade de intensificar o combate à violência e ao crime organizado. A condenação dos réus é um importante passo para fazer justiça às vítimas e seus familiares, além de servir como um alerta para aqueles que se envolvem com atividades criminosas.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso desempenhou um papel fundamental na elucidação dos crimes e na condenação dos responsáveis. A promotora de Justiça Ludmilla Evelin de Faria Sant’Ana Cardoso, responsável pela acusação, destacou a importância da união entre as forças de segurança para combater a criminalidade organizada.