Isoladas em precaução à contaminação pelo novo coronavírus (COVID-19), comunidades indígenas de Mato Grosso receberão – inicialmente – dez mil cestas básicas em medida emergencial, pela Fundação Nacional do Índio. Muitas famílias que dependem do Bolsa Família e de comprar alimentos na cidade podem ficar desabastecidas.
De acordo com a assessoria de Wellington Fagundes (PL-MT), o senador conversou via audioconferência com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier para tratar do assunto, e classificou a situação como “extremamente preocupante”.
Inúmeras famílias da etnia Bororo, por exemplo, não saem de suas reservas e não permitem, neste momento, a entrada de pessoas, temerosos pela contaminação. “Logo, muitos estão enfrentando dificuldades para conseguir alimentos”, frisou o senador.
Também participou da audioconferência o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva. A reunião foi acompanhada pelo prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias; pelo vice-prefeito Welinton Marcos; e pelo vice-prefeito de Nova Xavantina, Ney Weliton; além do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga.
Fagundes pediu ao presidente da AMM atenção para definição de uma logística que possa ser eficiente no momento da distribuição das cestas básicas às comunidades indígenas em cada município. Da mesma forma, deve ocorrer para a entrega de medicamentos.
Para garantir maior agilidade na aquisição futura de cestas básicas, de forma aos alimentos chegarem mais rapidamente às aldeias, Neurilan sugeriu que a Funai repassasse os recursos às prefeituras, de acordo com o índice populacional indígena. Esse assunto, inclusive, segundo ele, também foi discutido com a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que vem atuando em uma frente no Congresso Nacional destinada a tratar da questão das comunidades indígenas.