Com 205 mil hectares irrigados atualmente, o estado possui um enorme potencial para expandir essa área e se tornar um dos maiores produtores agrícolas do mundo. No entanto, a falta de infraestrutura energética adequada impede a implantação de novos equipamentos de irrigação, principalmente os pivôs centrais, método mais utilizado em Mato Grosso.
Em junho deste ano, um especialista norte-americano esteve em Mato Grosso para discutir a questão da agricultura irrigada na região. Durante sua visita, ele participou de diversas reuniões e debates com autoridades, produtores rurais e representantes do setor energético.
A deficiência energética no campo é uma reclamação constante dos produtores mato-grossenses. A falta de energia limita a implantação de novos equipamentos e prejudica o desempenho dos já instalados, impactando diretamente na produtividade e competitividade da agricultura local.
Segundo a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes (Aprofir-MT), a entidade se reúne mensalmente com a Energisa para buscar soluções para o problema, mas até o momento nenhuma medida concreta foi tomada.
Aumento das tarifas agrava o problema
Além da falta de infraestrutura, o aumento das tarifas de energia elétrica nos últimos anos também tem impactado negativamente o custo da irrigação. O alto custo da energia torna a atividade menos viável para muitos produtores, desestimulando investimentos na expansão da área irrigada.
O potencial para a irrigação em Mato Grosso é enorme, mas a falta de energia elétrica está impedindo o desenvolvimento pleno do setor. É urgente que o governo e o setor energético trabalhem em conjunto para encontrar soluções para este problema, a fim de garantir a competitividade da agricultura local e o crescimento da economia do estado.
Possíveis soluções
- Expansão da infraestrutura energética: Construção de novas linhas de transmissão e subestações para atender à demanda crescente do setor agrícola.
- Incentivos à geração de energia renovável: Apoio à instalação de usinas solares e eólicas nas propriedades rurais, reduzindo a dependência dos produtores da rede elétrica convencional.
- Revisão das tarifas de energia: Análise e revisão das tarifas de energia para o setor agrícola, buscando um equilíbrio entre os custos do serviço e a viabilidade da atividade.