Durante o processo de escavação realizada nesta sexta-feira (2), em Sinop, a 503 km de Cuiabá, para resgatar os restos mortais de Luzineide Leal Militão, de 28 anos, morta pelo marido, em 1994, o irmão dela, Reginaldo Amorim, disse que a família desconfiava que ela havia sido assassinada, mas que não havia provas.
“Agora teremos como comprovar que foi ele quem a matou”, afirmou Reginaldo.
Ele e outras três irmãs da vítima estiveram no local durante as escavações. Todos estavam muito emocionados. Eles contaram que o suspeito, era agressivo e tinha muito ciúmes da mulher.
Quatro irmãos de Luzineide moravam com o casal na época do crime. Três irmãs estava na casa na noite em que a vítima foi assassinada. Entretanto, disseram á polícia, que não ouviram barulho e que o rádio estava ligado no momento em que o crime aconteceu.
Os filhos da mulher também estavam acompanhando as escavações. Na época do homicídio, as crianças tinham 10 e 6 anos. O mais velho era filho apenas de Luzineide, fruto de um relacionamento anterior.
Segundo Reginaldo, apesar de se sentir aliviado com o fato de saberem a verdade sobre o desaparecimento da irmã, lamenta que o crime tenha prescrevido. Inclusive, a família buscou orientações do Ministério Público Estadual (MPE) sobre punição do assassino.
“Buscamos informações no MPE, mas é possível que ele fique impune, em razão da legislação. Mas, a justiça de Deus vai pesar nas costas dele [suspeito]”, declarou o irmão.
Ossada encontrada
No final da manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil confirmou que uma ossada foi encontrada no local indicado por Jair, dentro do banheiro da residência onde o casal vivia na época do crime.
Um exame feito pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) vai comprovar se os restos mortais são mesmo de Luzineide.