Apontada como mandante da morte do marido, a esposa do empresário Toni da Silva Flor, teve o mandado de prisão temporária cumprido nesta quinta-feira junto a mais dois comparsas na Operação Capciosa, deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
A operação deu cumprimento a oito ordens judiciais sendo três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão contra envolvidos na morte do empresário.
O homicídio de grande repercussão ocorreu no dia 11 de agosto de 2020, em frente a uma academia no bairro Santa Marta em Cuiabá. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Marcel Oliveira, desde o início das investigações, já existia a suspeita de que a esposa do empresário seria a mandante do crime, porém era necessário reunir os elementos que corroborassem para as informações anônimas.
O caso passou a ser elucidado após a prisão do executor do homicídio que teve o mando de prisão cumprido, na última quarta-feira (11) pela equipe da DHPP Durante interrogatório, o suspeito confessou o crime e forneceu outras informações com riquezas de detalhes que colaboraram com as investigações.
O crime foi acertado por uma videochamada entre dois intermediários e a mandante, onde ficou acertado o valor de R$ 60 mil pela morte do empresário. Parte do valor, R$ 20 mil, foi pago após o crime a um dos intermediários, sendo entregue em um envelope, nas proximidades do bairro Alvorada e posteriormente passados ao executor, que viajou com o dinheiro para o Rio de Janeiro.
Um dos intermediários foi o responsável por arrumar a arma utilizada no crime e posteriormente se desfazer dela. A arma foi jogado no lago do Manso. O restante do valor combinado pela empreitada criminosa não foi pago.
As investigações apontam que a esposa do empresário teria dois motivos para encomendar o crime, o primeiro deles o fato de ter muitos amantes e o segundo a intenção de ficar com a herança, uma vez que a vítima possuía uma representação comercial muito forte, abastecendo vários supermercados da cidade, ser financeiramente estável e possuir casa, carro, moto, dinheiro na poupança, etc…
Segundo o delegado Marcel Oliveira, durante o cumprimento dos mandados e apreensão, foram apreendidos aparelhos celulares, agendas e outros objetos que subsidiarão a continuidade das investigações. A suspeita nega qualquer envolvimento no crime, mesmo os demais envolvidos tendo confessando a participação na morte do empresário e apontado ela como mandante.
“Ela negou tudo que foi perguntado, negou que conhecia os três e as investigações seguem em andamento. As prisões são temporárias, mas com a conclusão dos trabalhos deverão ser convertidas em preventivas”, disse o delegado.