O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) está em estado de alerta devido à intensa atividade de incêndios florestais que atingem o estado. Um relatório divulgado pela corporação revela que 33,7% das Terras Indígenas e 33,3% das Unidades de Conservação Federais estão em chamas, além de 8% das Unidades de Conservação Estaduais. Os dados são alarmantes e evidenciam a gravidade da situação.
O levantamento aponta que mais de 30% dos focos de calor registrados em Mato Grosso se concentram em terras indígenas, enquanto 62,4% estão em propriedades particulares.
A situação é crítica, especialmente nas áreas protegidas, que abrigam uma rica biodiversidade e são essenciais para a manutenção do equilíbrio ambiental.
Para combater os incêndios, mais de 190 bombeiros militares estão atuando em 39 frentes de fogo espalhadas por todo o estado. No Pantanal, a situação é especialmente grave, com três grandes incêndios ativos em áreas como a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal e na divisa com a Bolívia.
O comandante-geral dos Bombeiros, Flavio Gledson, destacou a importância da integração entre os órgãos responsáveis pelo combate aos incêndios e ressaltou que o Corpo de Bombeiros está atuando em diversas frentes, tanto em áreas estaduais quanto federais.
Monitoramento e investimentos em Mato Grosso
Para auxiliar no combate aos incêndios, o Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) utiliza satélites de alta tecnologia para monitorar a expansão do fogo e orientar as equipes em campo.
O governo de Mato Grosso investiu R$ 74,5 milhões para fortalecer as ações de combate a incêndios, incluindo a locação de aviões, contratação de brigadistas e a construção de infraestrutura para apoio às operações.