Um incêndio de grandes proporções consumiu mais de 40 hectares da floresta do Parque Estadual Cristalino II, situado entre Alta Floresta e Novo Mundo, Mato Grosso, respectivamente. O desastre ambiental tem causado grande preocupação, especialmente porque três frentes de fogo foram identificadas por pesquisadores do Instituto Centro de Vida (ICV), com base em dados de satélite. Até o momento, as chamas ainda não foram controladas.
O Parque Estadual Cristalino II, com uma extensão de 66 mil hectares, está localizado entre o Rio Teles Pires e a divisa com o estado do Pará, abrangendo os municípios de Novo Mundo e Alta Floresta. Além da triste ocorrência de incêndios na região, o parque também esteve envolto em uma controvérsia jurídica e política.
Anteriormente, uma decisão judicial determinou a extinção da unidade de conservação, mas o Ministério Público interpôs um recurso alegando que não havia sido devidamente intimado, argumentando uma possível violação do Código de Processo Civil e da Constituição Federal. Essa disputa legal acentuou ainda mais a complexidade da situação.
O Parque Estadual Cristalino II é um tesouro ecológico, situado em uma zona de transição entre a savana e a floresta amazônica. Ele abriga nascentes de águas cristalinas e uma notável diversidade de espécies da flora e da fauna, incluindo animais de grande porte. Por essa razão, o local é considerado uma área prioritária na conservação da Amazônia.
O incêndio que assola essa região vital é um lembrete contundente dos desafios enfrentados na proteção do meio ambiente e da urgente necessidade de preservar áreas cruciais como o Parque Estadual Cristalino II. Autoridades e especialistas continuam trabalhando incansavelmente para conter as chamas e minimizar os danos ao ecossistema sensível que existe dentro desse parque estadual.