Um incêndio de grandes proporções atingiu a estrutura de uma algodoeira localizada às margens da BR-163, em Sorriso, no norte de Mato Grosso, e destruiu completamente um galpão utilizado para armazenamento de algodão. O fogo começou na noite de domingo (14) e exigiu uma operação prolongada do Corpo de Bombeiros, que só conseguiu controlar as chamas na manhã de segunda-feira (15).
A unidade atingida pertence à Algodoeira Celeste e está situada na altura do km 741 da rodovia, no sentido do município de Lucas do Rio Verde. Conforme informações repassadas pelos bombeiros, quando as equipes chegaram ao local, por volta das 23h20, o galpão já estava completamente tomado pelo fogo, o que dificultou o controle inicial da ocorrência.
Segundo o comandante regional Leandro Kunze, a rápida propagação das chamas foi favorecida pela grande quantidade de algodão prensado em fardos armazenados no depósito. O material é altamente inflamável e contribuiu para que o incêndio ganhasse intensidade em poucos minutos, gerando labaredas altas e densas colunas de fumaça.
Motoristas que trafegavam pela rodovia no momento do incêndio relataram susto ao avistarem o fogo à distância. A visibilidade das chamas chamou a atenção de quem passava pelo trecho, embora não tenha sido necessária a interdição da pista, conforme os relatos operacionais.
Para o combate, foi montada uma força-tarefa com 20 bombeiros militares e brigadistas, distribuídos em sete viaturas operacionais. Ao longo de mais de 10 horas de trabalho ininterrupto, foram utilizados mais de 1 milhão de litros de água para conter o avanço do fogo e resfriar as áreas já atingidas.
A operação também contou com o apoio de maquinário pesado, como tratores com lança e pás carregadeiras, empregados na movimentação dos fardos de algodão. Parte do material foi retirada do galpão para evitar que as chamas se alastrassem para outras áreas da unidade, enquanto outra parte acabou sendo consumida pelo incêndio.
Caminhões-pipa da prefeitura de Sorriso e de empresas vizinhas auxiliaram no reabastecimento das viaturas, garantindo a continuidade do combate sem interrupções. O revezamento constante das equipes foi necessário devido à intensidade do calor e à complexidade da operação durante a madrugada.
Na manhã de segunda-feira, os bombeiros permaneceram no local realizando o trabalho de rescaldo e monitoramento, com o objetivo de eliminar focos remanescentes e evitar reignições. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e deverão ser apuradas por meio de perícia técnica, que será realizada após a liberação completa da área.
Apesar da gravidade do incêndio e da destruição do galpão, não houve registro de feridos. O prejuízo material ainda será avaliado pela empresa, levando em consideração a perda da estrutura e da quantidade de algodão armazenada. As informações são do Corpo de Bombeiros que atendeu a ocorrência.
