Uma das vítimas da mulher conhecida como “estelionatária vip” ou “estelionatária de luxo”, presa em flagrante nesta semana, pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), disse que era impossível não cair nos golpes da criminosa, apontada como uma profissional no ramo. A proprietária de uma pousada teve prejuízo de R$ 40 mil.
“Uma das vítimas disse que a suspeita é extremamente ardilosa, possui uma imensa capacidade de persuasão, afirmando que é impossível não cair no golpe aplicado por ela, considerando uma profissional na prática de estelionato”, disse a delegada Elaine Fernandes da Silva.
Em um dos casos, a suspeita chegou a passar o cartão da vítima oito vezes, alegando que o cartão não tinha autorizado, o pagamento, porém recebendo o valor diversas vezes.
Em checagem no sistema, foi constatado que a suspeita é contumaz, ostentando quinze registros pela prática de estelionato, praticados com o mesmo modo ação. Em outro golpe aplicado por ela, no dia 29 de maio, ela contratou um pacote turístico para uma grupo de pessoas em um hotel de Cáceres e efetuou o pagamento com um cheque sem fundos.
Há outros casos registrados contra a golpista, em que as vítima afirmam terem comprados passagens aéreas e ao chegaram ao aeroporto não havia passagens reservadas. Ela também era procurada pela Justiça do Amapá sendo presa por força de mandado de prisão no mês de outubro de 2019 em Cáceres.
“A suspeita possuía um bom trânsito no meio social, haja vista a sua boa aparência e a desenvoltura na conversa, típico de estelionatários profissionais e assim que saiu da cadeia continuou a aplicar golpes, demonstrando que sobrevive dos estelionatos que pratica”, disse Elaine Fernandes.
As investigações iniciaram após a equipe da Derf-VG ser acionada pela proprietária de uma pousada de luxo da região de Porto Jogre que sofreu uma prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil em um golpe aplicado pela suspeita.
Segundo as informações, a golpista reservou três pacotes de pescaria que incluíam hospedagem, alimentação (refeições e bebidas) para um total de quinze pessoas, as quais pagaram à suspeita os valores acordados, que não foram repassados à pousada.
Para atrair os turistas, a suspeita vendia o pacote individual de três dias por cerca de R$ 800, enquanto o estabelecimento cobra R$ 2,3 mil pelo mesmo pacote e posteriormente embolsava os valores pagos pelas vítimas, não repassando ao hotel.
As vítimas que compareceram à Derf-VG estavam indignadas com a conduta da suspeita, alegando além do prejuízo patrimonial, o prejuízo moral, tendo todas representado criminalmente contra a conduzida.