O IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório atualizando os índices de produtividade alcançados na safra 2022/23. A reavaliação das condições das lavouras e do rendimento da safra acontece quando a colheita da soja alcança 88,12% das áreas finalizadas em Mato Grosso.
Segundo o instituto, a projeção de produtividade foi reajustada para 61,59 sc/ha, alta de 1,92% em relação ao último relatório e 3,80% ante a safra passada. O estudo indica que os bons volumes de chuva no mês de dezembro foram fundamentais para esse avanço. Também foi citado o longo período de luz nesse período, o que auxiliou na recuperação fisiológica das plantas e no desenvolvimento do potencial produtivo das áreas precoces.
O relatório apresenta que as regiões sudeste, norte e médio-norte apresentaram os maiores rendimentos, de 62,54 sc/ha, 62,50 sc/ha e 62,27 sc/ha, respectivamente.
Conforme o IMEA, a colheita começa a entrar nas áreas mais arenosas, com menor investimento, ou estando no primeiro ano de cultivo. Isso será um ponto de atenção para a consolidação da produtividade aguardada no Estado.
Aumento da área
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária também revisou a área e produção para a temporada 22/23. A área de soja foi reajustada para 11,99 milhões de hectares, aumento de 4,50% ante à safra passada.
O relatório indica que a alta continua pautada pela valorização do preço da oleaginosa nos últimos anos, a demanda aquecida no mercado e o cenário favorável para as cotações dos subprodutos.
Com os incrementos nos indicadores de área e produtividade, a produção da safra 2022/23 foi projetada para 44,30 milhões de toneladas de soja, representando um aumento de 3,46% ante o relatório passado e 8,35% no comparativo com a safra 21/22, caracterizando mais uma safra recorde para o agro mato-grossense.
Com a produção volumosa de Mato Grosso, o IMEA estima que as exportações da temporada devem aumentar 9,48% em relação à safra passada, alcançando o recorde de 27,11 milhões de toneladas. O volume representa 61,20% na participação da produção aguardada para o Estado.