O Governo do estado, através da Secretaria de Saúde, pede que as pessoas que estejam gripadas ou resfriadas evitem procurar postos de saúde ou unidades hospitalares, pois está havendo grandes lotações, principalmente por pessoas que “desconfiam” estar infectados com o coronavírus.
Em Cuiabá, por exemplo, a porta do Hospital Júlio Muller, no bairro Consil, amanheceu lotada de pessoas, inclusive usando máscaras. Outras buscavam atendimento porque suspeitavam estar com o Covid-19.
O secretário Gilberto Figueiredo falou com a imprensa sobre o assunto e pediu que as pessoas fiquem em casa. “A princípio é muito importante que a população não busque as unidades de saúde sem necessidade. Isso irá virar um congestionamento, vai atrapalhar a atuação e não há uma previsão de mais leitos se todos os suspeitos viesses a ser internados”, disse o secretário.
Figueiredo ainda pontua que nem todos os sintomas de gripe são para alarde de coronavírus. “Primeiro lugar eu vou frisar que os dados estatísticos dos países que chegaram ao ápice da epidemia, do total dos casos, 85% são considerados casos leves, que jamais chegarão a unidade hospitalar. Esses casos deverão ser acompanhados e os pacientes deverão ficar em quarentena domiciliar. As pessoas não precisam nem procurar uma UPA. As pessoas as vezes têm um resfriado e acham que já é o coronavírus. É preciso ter a condicionante para ser um caso suspeito, ou já ter evidência clara dos sintomas que já vem com febre e deficiência respiratória. Somente nesses casos que as pessoas precisam ir até a unidade de saúde”, pediu o secretário.
Por último, o secretário ainda frisou que o que se trata na unidade de saúde são os sintomas, pois ainda não há medicamentos ou vacinas para o Covid-19.
“Não há vacina e nem remédio definido para o Corona, Vai tratar febre com antitérmico, dor com analgésico. Portanto, só haverá internação do paciente que atingir o estágio grave da epidemia”, comentou.
Veja nota do Governo sobre a superlotação:
Em relação às questões referentes ao atendimento de portaria ocorridas na segunda-feira (16) e terça-feira (17), o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh) esclarece que não há restrições ao acesso para seus usuários. Sobre a quantidade e organização de colaboradores para atendimento à sociedade, o problema já foi resolvido de forma célere e com presteza.
Por sua vez, a respeito da procura por atendimento em suspeita de casos do Covid-19 (novo coronavírus), observados os sintomas, os pacientes são orientados a buscar pelo primeiro acolhimento em unidades básicas de saúde, como Policlínicas, Unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e demais hospitais da rede com pronto atendimento. O HUJM é referência para casos graves, com encaminhamento via Central de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse sentido, o acesso às dependências do HUJM, pelo portão principal (Rua Luís Philippe Pereira Leite), é destinado para usuários com agendamentos comprovados por meio de documentação correspondente/protocolo, como consultas, exames (laboratoriais e/ou de imagem) ou para busca de resultados, acompanhantes previstos em lei, e visitantes em horários estipulados.
O portão dos fundos (Rua Alta Floresta) é destinado para acesso ao estacionamento de servidores, colaboradores e estudantes (internos, residentes e pós-graduandos) devidamente identificados, seja com crachás, uniformizados ou adesivos afixados nos veículos, além de equipamentos motorizados em serviço. Esta informação está afixada no próprio portão e o direcionamento de pedestres ao portão principal é procedimento padrão do HUJM.