O Hospital Central do Estado foi inaugurado nesta sexta-feira (19), no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, marcando a entrega de uma das maiores estruturas de saúde pública do Mato Grosso. A unidade passa a operar sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein e vai atender gratuitamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com foco em procedimentos de alta complexidade, o hospital foi apresentado pelo Governo do Estado como um divisor de águas para a rede pública. Segundo informações oficiais, a unidade tem capacidade anual para realizar 5.400 cirurgias, além de 31 mil consultas e 52 mil exames, ampliando de forma significativa a oferta de serviços especializados.
A obra do Hospital Central permaneceu inacabada por 34 anos e só foi retomada de forma definitiva em 2020. A conclusão incluiu a implantação de tecnologias consideradas de ponta para o atendimento hospitalar, com funcionamento integral pelo SUS. A gestão estadual afirma que a proposta foi estruturar um hospital público com padrão semelhante ao de grandes centros privados do país.
Durante a cerimônia de inauguração, o governador Mauro Mendes destacou que a escolha do Einstein teve como critério a excelência técnica e a experiência da instituição na gestão hospitalar. Conforme o governo, o modelo adotado busca elevar o nível do atendimento sem custo direto ao paciente, concentrando serviços que antes exigiam deslocamento para outros estados.
Estrutura ampliada e investimentos
A área construída original do hospital, que era de 9 mil m², foi mais do que triplicada. Após a ampliação conduzida pela Secretaria de Estado de Saúde, a unidade passou a contar com 32 mil m², dimensionados para atender demandas de alta complexidade em todo o estado.
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, classificou a entrega como a retomada de um projeto que atravessou décadas de paralisação. De acordo com ele, a conclusão do hospital simboliza a superação de um longo período de abandono e consolida um compromisso estrutural com a saúde pública.
Segundo dados apresentados pelo governo, foram investidos R$ 295 milhões nas obras e R$ 246 milhões na aquisição de equipamentos. Já a contratação do Einstein prevê um repasse mensal de R$ 34,9 milhões para a gestão da unidade. A previsão é de que o hospital opere com cerca de 2.000 colaboradores quando estiver em plena capacidade.
O presidente do Einstein, Sidney Klajner, afirmou que a instituição vai transferir para o estado o conhecimento acumulado em alta complexidade, aliado à experiência de quase 25 anos de atuação no SUS. A parceria, segundo ele, tem como foco segurança assistencial e qualidade no atendimento.
Visitação e início das atividades
O Hospital Central ficará aberto para visitas guiadas da população às segundas, terças e sextas-feiras, até o dia 2 de janeiro. O agendamento deve ser feito previamente pelo site oficial. Após esse período, a unidade passará por um processo de desinfecção para o início das atividades.
A previsão é que o hospital entre em operação em 19 de janeiro de 2026, com serviços de cirurgia geral pediátrica, ortopedia pediátrica, urologia, oncologia e procedimentos de hemodinâmica, como cateterismo cardíaco e angioplastia. O acesso dos pacientes ocorrerá por meio da Central de Regulação, conforme informado pelo Governo do Estado.
As informações foram divulgadas pelo Governo de Mato Grosso durante a cerimônia oficial de inauguração da unidade.
