Na terça-feira, 21 de maio, o Tribunal do Júri da comarca de Juína, situada a 735 km de Cuiabá-Mato Grosso, condenou dois homens por uma série de crimes graves, incluindo homicídio qualificado, participação em organização criminosa, tortura, cárcere privado, tráfico de drogas e ocultação de cadáver. A decisão foi unânime, com o Conselho de Sentença acatando todas as acusações apresentadas pelo Ministério Público.
O primeiro acusado recebeu uma pena total de 17 anos, 10 meses e 12 dias de reclusão, além de 316 dias-multa e 15 dias de detenção. O segundo réu foi condenado a 24 anos e seis meses de reclusão e 520 dias-multa. Ambos deverão cumprir suas penas em regime fechado e não terão o direito de recorrer em liberdade. O promotor de Justiça Dannilo Preti Vieira foi o responsável pela acusação durante o julgamento.
Crimes e Contexto
Os condenados foram denunciados pelo assassinato qualificado de outra pessoa, ocorrido em abril de 2022. O homicídio foi caracterizado por recurso que dificultou a defesa da vítima e teve como objetivo assegurar vantagem no tráfico de drogas. A denúncia também envolveu outros dois homens, que foram julgados e condenados em julho do ano passado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os quatro indivíduos faziam parte de uma organização criminosa. A missão inicial era torturar a vítima para obter informações sobre atividades de tráfico de drogas na região. Após submeterem a vítima à tortura e manterem outras três pessoas em cárcere privado, um líder da facção ordenou a execução do mesmo.
Os condenados levaram a vítima até o local onde seria morto, enquanto um dos cúmplices permanecia vigiando as outras vítimas. A vítima foi amarrada e conduzida ao local do crime, onde foi executada a tiros por um dos acusados, com a assistência dos outros envolvidos. A ação foi planejada para garantir a continuidade e segurança das operações de tráfico de drogas conduzidas pela organização criminosa.
Decisão Judicial
A sentença do Tribunal do Júri reflete a gravidade dos crimes cometidos e a determinação do sistema judiciário em combater a criminalidade organizada. As condenações destacam a importância de uma resposta firme e eficaz do sistema de justiça para proteger a sociedade e garantir a aplicação da lei.
A decisão serve como um lembrete do compromisso das autoridades em enfrentar e desmantelar redes criminosas que ameaçam a segurança pública e a integridade dos cidadãos.