Um homem se arriscou ao andar sobre a barreira de proteção do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, no fim de semana. O precipício é um dos principais pontos turísticos da região e tem mais de 50 metros de altura. Já os paredões que o cercam podem chegar a 150 metros.
Um vídeo gravado por pessoas que acompanhavam o visitante mostra o momento em que ele sobe na mureta de proteção e anda até o fim dela tentando se equilibrar. Em seguida, ele desce e comemora a ‘travessia’.
Durante a ‘brincadeira’, uma criança observa e acompanha o homem às margens da rodovia.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que instalou placas que advertem o visitante sobre os riscos associados à área e uma cerca que delimita o acesso.
Em nota, o instituto informou que há um plano de manejo do Parque Nacional que prevê a possibilidade de estruturação do local.
“Com isso em vista, a Associação Pró-Desenvolvimento de Chapada dos Guimarães (Aprodec) encomendou um estudo geológico, depois doado à Secretaria Adjunta de Turismo de Mato Grosso),(Seadtur), indicando as áreas geologicamente mais estáveis para instalação de trilhas, estacionamento e outros. Com base nos estudos feitos, foi apresentada proposta de alteração do plano de manejo para que, futuramente, possam haver estruturas de apoio ao uso público na área”, explicou.
O Portão do Inferno fica localizado às margens da rodovia MT-251. No local, havia uma empresa que atraía o público para fazer trilhas.
No entanto, ação civil movida em 2009 pelo Ministério Publico Estadual (MPE) apontou que o estabelecimento funcionava de forma irregular, pois estava poluindo o ambiente e colocando em risco a vida dos turistas, já que havia risco de deslizamentos dos paredões no local.
“Desde a proibição do comércio, determinada pela Justiça Estadual no ano de 2011, o fluxo de pessoas deslocou-se para a porção ao longo do calçamento do viaduto da estrada, de onde se contempla a paisagem, não sendo mais utilizadas as trilhas irregulares anteriormente abertas”, explicou o ICMBio.