Um homem foi detido pela Polícia Militar após gravar e dirigir frases de cunho sexual contra uma mulher em uma rua de Tapurah, na noite de quarta-feira (11). O vídeo, registrado pelo próprio suspeito, circulou rapidamente em grupos locais e levou moradores a acionar a PM diante do teor ofensivo e ameaçador das imagens.
Conforme informações do Boletim de Ocorrência, o homem filmou a vítima enquanto caminhava, proferindo comentários sexuais e até ameaças de violência. A gravação gerou indignação imediata na comunidade, que se mobilizou para denunciar o caso e auxiliar na localização do autor.
A vítima relatou à guarnição que vinha convivendo com abordagens constantes do suspeito nos últimos dias. Segundo ela, os episódios incluíam insinuações pejorativas e aproximações não consentidas pela cidade. Pouco antes da chegada dos policiais, o homem teria passado novamente em frente à residência da mulher, observando a casa, o que intensificou seu medo e levou ao chamado oficial.
Após buscas pela região central, os militares encontraram o investigado em um bar. Ele foi abordado, detido e teve o celular apreendido, além de objetos pessoais. De acordo com a PM, o suspeito possui registros anteriores relacionados a ocorrências policiais, embora os detalhes não tenham sido divulgados no documento inicial.
A condução foi realizada até a Delegacia da Polícia Civil, onde o caso foi formalizado. As autoridades enquadraram a conduta nos crimes de perseguição (stalking), previsto na Lei nº 14.132/2021, e de assédio sexual, descrito no Código Penal. A partir da formalização, a Polícia Civil passa a conduzir a investigação, que inclui análise do vídeo, depoimentos e demais elementos apresentados no início do procedimento.
Investigação e enquadramento legal
Os crimes atribuídos ao suspeito possuem previsão específica e são tratados como violações que afetam diretamente a integridade e a liberdade da vítima. O enquadramento por perseguição ocorre quando há repetição de condutas que causem abalo emocional ou restrição da capacidade de locomoção da pessoa afetada, ponto compatível com os relatos apresentados no boletim.
A tipificação de assédio sexual, por sua vez, reforça a gravidade da abordagem registrada no vídeo e narrada pela vítima. O conteúdo divulgado, segundo a PM, é considerado peça-chave para subsidiar os próximos passos da investigação, que deve incluir a oitiva de testemunhas e a análise de outros possíveis episódios envolvendo o mesmo autor.
Orientação às vítimas e desdobramentos
A Polícia reforçou que casos de assédio ou perseguição devem ser denunciados imediatamente. A corporação destacou que a exposição de comportamentos desse tipo, como ocorreu com o vídeo distribuído nas redes, é essencial para interromper ciclos de violência e permitir a responsabilização adequada dos envolvidos.
A conclusão do inquérito ficará a cargo da Polícia Civil, que adotará as medidas cabíveis após reunir todos os elementos. As autoridades orientam vítimas a procurar ajuda sempre que identificarem comportamentos persistentes de intimidação, registrando ocorrências para garantir proteção e formalizar a responsabilização. Segundo a PM, a colaboração da população foi determinante para a identificação rápida do suspeito.
