Na segunda-feira (22), um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri da comarca de Paranatinga, Mato Grosso, pela morte da ex-convivente, cometida na presença das duas filhas pequenas do casal. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido por motivo fútil e em razão da condição de sexo feminino (feminicídio). O réu recebeu uma pena de 25 anos e seis meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, sem possibilidade de recorrer da sentença em liberdade.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso, o feminicídio ocorreu em setembro de 2022, na cidade de Gaúcha do Norte, a 582 km da capital. Conforme descrito na sentença, “as circunstâncias do crime foram especialmente graves, uma vez que o réu cometeu o delito no dia do aniversário da vítima. Além disso, o crime foi perpetrado no interior da residência da ofendida, um local que deveria ser um asilo inviolável, onde ela deveria se sentir segura.” A sentença também destacou o impacto negativo e reprovável do crime nas duas filhas pequenas, que ficaram órfãs.
Inconformado com o término do relacionamento amoroso, o homem foi até a casa da vítima armado com uma espingarda. Ele entrou na residência de forma furtiva e disparou duas vezes contra a mulher na presença das filhas pequenas. A vítima morreu no local e o autor do crime fugiu. Entretanto, ele foi localizado pela Polícia Militar em um assentamento e preso em flagrante.
