Governo investiga se o homem, morador de Alto Taquari (a 479 quilômetros de Cuiabá), que apresentava sintomas que podem ser enquadrados no coronavírus (COVID-19), esteve no mesmo voo do paciente de 61 anos, cuja infecção pelo vírus foi confirmada. Ele também veio da Itália e se trata do primeiro caso da doença no país e na América Latina.
Segundo o prefeito da cidade, Fábio Garbugio (PTB), o morador procurou atendimento médico na tarde de quarta-feira (26), com febre, dor no corpo e coriza. “Sintomas de uma gripe”, disse. “Procurou o hospital e passou pelo médico. Hoje, todo tipo de febre, de alguém que vem de fora, preocupa-se que possa ser o coronavírus”, afirma o prefeito.
Além da Itália, o homem também teria passado por outros países, onde foram constatados casos do vírus. “Foi na Itália, veio no avião, está sendo rastreado para ver se ele veio no mesmo voo do paciente de São Paulo e Campo Grande”, acrescenta.
O paciente suspeito de Mato Grosso do Sul trata-se de um homem, com 24 anos, brasileiro, com histórico de viagem de 14 dias na Tailândia, com vôo de conexão em Pequim na ida e vôo de conexão de volta na Alemanha.
Desembarcou no aeroporto de Guarulhos e foi de carro até o município de Ponta Porã (MS). Importante salientar que o paciente encontra-se estável, sem sinais de agravamento, com todos os protocolos sendo seguidos pela equipe de saúde local.
O Ministério da Saúde confirmou, na quarta-feira (26/2), o primeiro caso de novo coronavírus em São Paulo. O homem de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, na terça-feira (25/2), com histórico de viagem para Itália, região da Lombardia. O Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estadual e municipal de São Paulo, investigava o caso desde então. A SES/SP e SMS/SP estão realizando a identificação dos contatos no domicílio, hospital e voo, com apoio da Anvisa junto à companhia aérea.
Ao confirmar o primeiro caso no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que já era esperada a circulação do vírus, mas que, diferente dos demais países com transmissão, o Brasil ainda não está no inverno – período em que há maior risco de contágio. “É mais um tipo de gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas com letalidade maior, o coronavírus se comporta à menor e tem transmissibilidade similar a determinada gripes que a humanidade já superou”, explicou.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que tem identificado os rumores a cerca de possíveis suspeitos para o COVID-19 em Mato Grosso e que imediatamente tem acionado os serviços de saúde para esclarecimento.
Veja nota na íntegra:
A Secretaria Estadual de Saúde, através do Centro de Operações em Emergência a Saúde Pública para o COVID-19, informa que tem identificado os rumores a cerca de possíveis suspeitos para o COVID-19 em Mato Grosso e que imediatamente tem acionado os serviços de saúde local para esclarecimento e a tomada de medidas imediata. Informamos que todos os casos alvo de rumores de suspeitos de coronavírus foram verificados e até o momento nenhum caso foi enquadrado nas definições de casos preconizada pelo Ministério da Saúde.
Ressaltamos que o site da SES( http://www.saude.mt.gov.br/informe/581) e do Ministério da Saúde (https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus) dispõe de informações acerca do coronavírus, e que estas são as informações oficiais.
Solicitamos a todos que não divulguem informações que não sejam oficiais e que busquem a veracidade da mesma, pois divulgar notícias falsas causa pânico e atrapalha a condução dos trabalhos pelos serviços de saúde.
O Ministério da Saúde orienta os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;· evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; ·
utilizar lenço descartável para higiene nasal;·
cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;·
evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;·
higienizar as mãos após tossir ou espirrar;·
não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;·
manter os ambientes bem ventilados;·
evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;·
evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde
CIEVS-MT