Nesta sexta-feira (23), uma técnica ambiental é alvo de uma operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), sob a alcunha de “Operação Sorokin”. A investigação visa desbaratar um grupo criminoso envolvido em falsificação de documentos, incluindo assinaturas de autoridades importantes, para a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) falso.
Além da técnica ambiental, outras quatro pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, estão sob investigação. A operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão, bem como no sequestro de bens móveis e imóveis em diversos municípios de Mato Grosso. De acordo com o Gaeco, a organização criminosa já é alvo de ações anteriores e é acusada de operacionalizar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro.
A denúncia que levou à operação foi recebida pela juíza de Direito, Ana Cristina Mendes. A investigação teve início a partir de procedimentos realizados em uma operação anterior, quando se constatou que a responsável técnica de um dos empreendimentos havia forjado assinaturas eletrônicas de um promotor de Justiça, com símbolos oficiais do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).
Conforme apurado, o acordo falso, que previa o pagamento de indenizações, reposição e multas ambientais no valor de R$ 6,2 milhões, foi apresentado à proprietária do empreendimento, que realizou o pagamento na conta dos denunciados.
Ainda segundo as investigações, os integrantes da organização criminosa, em uma atuação colaborativa, teriam contribuído para a execução de diversas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CARs) de propriedades, em relatórios de tipologia e em Autorizações de Desmates (ADs).
Posteriormente, com os valores obtidos, os investigados adquiriram diversos bens móveis e imóveis, com o intuito de dissimular a origem e a movimentação decorrentes dos crimes praticados.