Uma fumaça densa prejudicou a visibilidade dos moradores de Cuiabá nesta segunda-feira (31). Não é possível enxergar direito os prédios e as paisagens mais distantes. A fumaça piora o cenário de calor intenso de 40ºC, em média, e tempo seco e compromete a saúde da população, podendo causar problemas respiratórios e cardiovasculares.
A fumaça é proveniente das queimadas que atingem regiões próximas, como Chapada dos Guimarães, por exemplo, que tem vários pontos de incêndio há mais de 10 dias. As chamas avançam pela vegetação seca e chega perto de algumas pousadas.
Além disso, não chove na capital há mais de quatro meses. Na semana passada, uma chuva leve foi registrada em alguns bairros, mas nada capaz de amenizar o calor.
Nos próximos dias, o clima deve ficar mais quente ainda. Desta terça-feira (1ª) até domingo (6), os termômetros podem marcar até 41ºC, segundo previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A possibilidade de chover é de apenas 5%.
A umidade relativa do ar está em 14% na tarde desta segunda-feira, de acordo com o Inpe. O percentual de umidade relativa do ar considerado ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é entre 60 e 80%. Quando o índice aponta níveis abaixo de 20% a situação é considerada emergencial.
Fogo no Pantanal
Os incêndios no Pantanal mato-grossense já destruíram cerca de 500 mil hectares do bioma, segundo estimativa do Corpo de Bombeiros. O calor, a baixa umidade do ar e o vento estão dificultando a ação dos bombeiros. Essas condições favorecem a propagação das chamas.
Uma força-tarefa para combater o fogo foi montada. As equipes tem cerca de 140 integrantes por ciclo, chegando ao ápice de 300 integrantes, entre bombeiros de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, militares da FAB, militares da Marinha, ICMBio, funcionários da UFMT, do SESC Pantanal e apoio de produtores rurais, além de recursos de aeronaves, equipamentos, viaturas, dentre outros relacionados.