Foragido de Mato Grosso é preso em Portugal

Diretoria de Inteligência e equipe da DERF de Cuiabá reuniram informações que levaram à localização do foragido. Após inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol, foi possível a prisão pela polícia portuguesa e posterior extradição ao Brasil

Fonte: CENÁRIOMT

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O terceiro envolvido identificado pela Polícia Civil de Mato Grosso como participante no latrocínio de um empresário em Cuiabá, ocorrido em 2019, chegou a Cuiabá nesta quinta-feira (17), após ser preso em Portugal e extraditado ao Brasil. Ele foi localizado após um trabalho minucioso realizado pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso que, depois de reunir informações sobre o paradeiro do investigado, solicitou à Polícia Federal a inclusão do nome do foragido nos sistemas da Interpol, instrumento que permitiu à polícia portuguesa a detenção, após mandado de prisão internacional emitido pelas autoridades brasileiras.

Ele foi conduzido por policiais federais para o Brasil e depois à capital mato-grossense, onde chegou na madrugada desta quinta-feira, e foi encaminhado a uma unidade prisional do Estado. A extradição foi cumprida com base em cooperação policial internacional.

A prisão preventiva do homem de 32 anos foi decretada pelo juízo da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, após representação feita pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que conduziu a investigação sobre o latrocínio do empresário Carlos Lock, 62 anos, morto na porta de uma agência bancária, na Capital, em outubro de 2019.

Por solicitação da Polícia Civil e após anuência do juízo da 5a Vara Criminal, com apoio do Ministério Público, foi incluído o nome do foragido na difusão vermelha dos sistemas da Interpol, o que possibilitou a localização e prisão dele em solo português, que foi realizada em abril deste ano.

Depois da detenção em Portugal, o investigado foi ouvido no Tribunal da Relação do Porto, no dia 23 abril. Após os trâmites judiciais entre os dois países, foi realizada a extradição para o Brasil.

Investigação do latrocínio

Em 1o de outubro de 2019, o empresário Carlos Lock chegava à agência do banco Itaú, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, para fazer um depósito, quando foi abordado por um criminoso. Ele tentou reagir ao assalto e foi alvejado por disparos de arma de fogo feitos por um dos assaltantes. A vítima foi socorrida, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu três dias após o crime, em um hospital de Cuiabá.

As investigações conduzidas pela Derf de Cuiabá identificaram três envolvidos que participaram da ação criminosa. Um deles, o executor dos disparos, foi preso em abril de 2020. Considerado de alta periculosidade pela Polícia Civil, ele tem envolvimento com uma facção criminosa atuante no estado e a prisão foi um desafio para a delegacia especializada, pois ele estava fugindo, sendo necessário empenho e dedicação da equipe em dar a resposta ao caso.

O segundo envolvido no latrocínio foi localizado e preso em maio do ano passado, durante a Operação Nimby, da Derf.

O terceiro envolvido, que foi preso em Portugal, foi identificado nas investigações da Derf como a pessoa que procurou o executor dos disparos e combinou com este o roubo, que teria apoio de outra pessoa. Contudo, em declaração à polícia dois dias após o crime, quando foi conduzido pela PM à Central de Flagrantes após o carro dele ser identificado na investigação, ele informou que foi procurado por uma pessoa no dia 1o de outubro, que lhe pediu para fazer uma corrida até uma rua próxima ao local do crime, onde ele deveria ficar aguardando. Contudo, o “cliente” voltou para o carro ferido e armado e depois foi deixado próximo à sua residência. A investigação da Polícia Civil derrubou a versão apresentada pelo homem preso em Portugal e identificou que ele foi atrás do rapaz que fez os disparos e combinou para que este abordasse e roubasse o empresário na porta do banco.

Com os elementos informativos, provas periciais e testemunhos reunidos durante as diligências, o delegado que presidiu as investigações à época do crime, Guilherme Fachinelli, representou pelas prisões dos envolvidos identificados na ação criminosa.

Difusão vermelha

A cooperação policial internacional é feita pela Interpol e esta é representada no Brasil pela Polícia Federal. Dentre os objetivos está a garantir e promover a mais ampla e possível assistência mútua entre todas as polícias judiciárias, resguardados os limites da legislação existente em cada país. Para tal mister se utiliza da publicação de vários tipos de difusões que são repassadas para os seus 192 países-membros.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!