Cerca de 30 fiscais da Vigilância Sanitária estão envolvidos nos trabalhos das barreiras sanitárias instaladas em quatro rodovias de acesso a Cuiabá, desde quarta-feira (8). São profissionais com várias formações na área da saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas, bioquímicos, odontólogos, capacitados para fazer a triagem dos condutores e passageiros abordados nas blitzes e, diante de febre ou demais sintomas de Covid-19, encaminhá-los para uma unidade de saúde.
A fiscal sanitária Gicele Gomes afirma que em 15 anos de profissão e nunca passou por uma situação como esta de pandemia. “É uma situação nova para muitos colegas. Tem sido bastante desgastante nas últimas semanas. Então, como tem crescido o número de casos é bastante desgastante sim, mas também é gratificante saber que nós podemos contribuir com a sociedade na prevenção da saúde”, afirma.
Também é a primeira pandemia enfrentada pela fiscal sanitária Criciane Zambrim, que destaca os cuidados redobrados que ela e os colegas precisam tomar pelo fato de estarem na linha de frente no combate ao novo coronavírus. “A gente tem todos os cuidados pessoais e a gente ainda procura redobrar esses cuidados quando a gente volta para casa porque, ao retornar, a gente está em contato com nossos familiares. Então, sempre há o risco para quem está na linha de frente dessa pandemia de adquirir a doença”.
As fiscais sanitárias Gicele e Criciane reforçam que a intenção da barreira sanitária não é proibir a entrada de pessoas na cidade, mas fazer um diagnóstico antecipado, encaminhando aquelas que apresentarem sintomas da Covid-19 para atendimento médico. “A barreira é necessária sim, principalmente nos veículos que vêm de outros estados, que estão trafegando pela nossa BR. Estamos abordando e conscientizando que nós estamos num estágio mais avançado da doença, para que eles tomem cuidados redobrados também na questão da higienização e da propagação da Covid. É bem preventivo o trabalho”, explica Criciane.
Os profissionais relatam que tem sido positiva a avaliação da população abordada nas barreiras. “As pessoas estão sendo bem receptivas, estão atendendo bem, estão até elogiando a gente pelo trabalho. Gostei muito da participação dos condutores aqui abordados”, disse Divalmo Pereira Mendonça, gerente de Fiscalização da Vigilância Sanitária.
Ainda assim, Criciane Zambrim pondera que, mesmo com tantas informações sendo divulgadas pela mídia, ainda falta conscientização de uma parcela da comunidade. “Ainda há pessoas que se recusam a usar máscara o tempo todo, às vezes não cuidam totalmente no cuidado com o álcool em gel. E são cuidados tão necessários tanto para ela como para as pessoas que estão próximas”, afirma.
Para essas pessoas, a fiscal sanitária Gicele Gomes apela: “Evitem a circulação, se previnam, cuidem-se. Deixem a gente trabalhar por vocês”.
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