Um homem de 54 anos foi preso em flagrante na última segunda-feira (11) em Colniza, Mato Grosso, sob a suspeita de praticar crime ambiental. A prisão ocorreu após o fazendeiro, revoltado com a apreensão de um maquinário utilizado em desmatamento ilegal, destruir duas caminhonetes pertencentes à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sema-MT). O incidente foi registrado por populares presentes no local.
A Polícia Militar foi acionada depois que a equipe da Sema-MT, em diligência para fiscalizar uma denúncia de desmatamento, identificou atividades suspeitas na propriedade do homem. Ao abordarem o fazendeiro, inicialmente cooperativo, os agentes constataram um trator esteira derrubando arbustos e vegetações em Áreas de Preservação Permanente (APP) sem a devida autorização.
Ao questionarem o proprietário sobre a permissão para a ação, ele admitiu não possuir tal autorização. Os agentes decidiram levar o maquinário para a sede da fazenda, onde seria decidido sobre a apreensão ou remoção. Foi nesse momento que a situação saiu de controle.
O fazendeiro, percebendo que o equipamento seria levado, protestou veementemente, recusando-se a permitir sua remoção. Em um ato de fúria, dirigiu o trator em direção a uma das viaturas da Sema-MT, interrompendo a manobra apenas quando parte da máquina já estava sobre o veículo.
Após descer do trator, o suspeito utilizou uma ferramenta de ferro para atacar violentamente as caminhonetes da secretaria ambiental, causando danos à lataria, lanternas e janelas. As imagens capturadas por testemunhas mostram a equipe policial e até mesmo o filho do fazendeiro tentando acalmá-lo, sem sucesso.
O fazendeiro, após ser detido e algemado, ameaçou utilizar armas de fogo que possuía em sua residência para resistir à prisão. Além disso, proferiu ofensas de teor racista contra um dos servidores da Sema-MT. O homem foi conduzido para uma delegacia da Polícia Judiciária Civil, onde prestou esclarecimentos sobre o ocorrido. O maquinário utilizado no desmatamento ilegal foi apreendido. As autoridades agora investigam não apenas o crime ambiental inicial, mas também as ameaças e ofensas proferidas pelo suspeito.