Amigos e familiares de Daniel Augusto Costa, de 3 anos, organizaram uma passeata na tarde deste sábado (31), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para cobrar celeridade na finalização do inquérito que apura a morte da criança.
Conforme a família, 20 dias após o atropelamento não há qualquer movimentação no caso.
Daniel morreu em um acidente registrado na noite de 11 de agosto, Dia dos Pais, quando era levado de moto pelo pai e pela madrasta para a casa da mãe.
A mulher do ex-deputado federal de Rondonópolis, que é blogueira, é suspeita de ter atropelado e matado a criança. A mulher dirigia uma caminhonete que teria invadido a preferencial e atingido a motocicleta onde estavam o casal e a criança. Ela só se apresentou à polícia três dias após o acidente.
O advogado da blogueira, Wilson Lopes, não quis se posicionar acerca da passeata. Segundo ele, a família da vítima pediu para que o caso seja tratado apenas entre os advogados.
Estavam na moto Dayane Palmeiras dos Santos, de 35 anos, o marido dela, Marcos Souza da Costa, de 30 anos, e a criança de 3 anos, filho de Marcos e enteado de Dayane. Eles retornavam de uma comemoração do Dia dos Pais.
A mulher não falou com a imprensa, mas o advogado dela, que também estava na delegacia disse que ela e o marido tentaram oferecer assistência à família.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, a responsável pelo atropelamento não prestou socorro, fugiu do local e abandonou o veículo.
À época, o advogado dela afirmou que a blogueira deixou o local com medo de ser agredida depois de ser cercada por testemunhas.
Uma das testemunhas retirou a condutora do veículo do local e o marido foi avisado sobre o acidente. O advogado afirmou que o ex-deputado ofereceu ajuda, inclusive quis ir até o velório, mas, na versão deles, a família da criança recusou qualquer tipo de ajuda.
A Polícia Civil disse que ainda está aguardando laudos periciais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e também relatórios da investigação que analisa imagens de câmeras de segurança do local do acidente para, só então, o inquérito, que hoje corre sob sigilo, seja concluído e a blogueira envolvida no acidente, responsabilizada.