A senadora Selma Arruda (Pode) recebeu a solidariedade de mais um colega de Parlamento, o senador Wellington Fagundes (PL), que esta semana disse “torcer” para que ela continue em seu cargo. Diferente da maioria das lideranças políticas mato-grossenses, que se articulam fortemente pela eventual vaga de Selma, Wellington afirmou que seu partido não deverá ter candidato e avaliou, ainda, que o possível candidato deverá ser alguém de fora do atual cenário.
“Eu não vou conjecturar, não sei se isso se resolve agora, nem em quanto tempo. A única coisa que sabemos é que se for [cassada pelo TSE], teremos uma eleição extemporânea e as pessoas [eventuais candidatos] precisam estar filiadas seis meses antes, e o PL não tem um nome trabalhado para isso. Mas também não há prazo, nestes casos, para desincompatibilização, então isso quer dizer que qualquer um pode ser candidato. Às vezes, nomes que não estão nem sendo cogitados podem surgir. Mas eu não trabalho com a hipótese de eleição, embora eu não responda pela cabeça do juiz, mas acho que era melhor que ela continuasse, porque foi eleita. Mas, a decisão é judicial e não política”, defendeu Fagundes, em entrevista.
Recentemente, o senador Jayme Campos (DEM) também manifestou apoio à Selma. O partido de Jayme, no entanto, é um dos mais engajados pela eventual cadeira. Até o momento, pelo menos quatro nomes ligados à sigla já expressaram interesse na vaga.
Entre os nomes que já surgiram no horizonte como possíveis candidatos está o do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, o ex-governador Júlio Campos e o deputado Dilmar Dal’Bosco, todos do DEM. Além deles, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que é do mesmo grupo, pleiteia a vaga. Todos eles têm aval do governador Mauro Mendes (DEM), que aposta na confirmação da cassação de Selma.
Eleita como a candidata mais votada ao Senado nas eleições passadas, com quase 700 mil votos, a juíza aposentada Selma Arruda teve seu mandato cassado por unânimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, acusada de omitir da Justiça despesas de R$ 1,2 milhão durante a campanha, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.