Exposição Bancos indígenas do Brasil recebe estudantes da Rede Municipal de Várzea Grande

Os visitantes puderam conhecer o trabalho dos povos do Xingu, Sul da Amazônia, Amazônia Oriental, Calha Norte e Noroeste Amazônico

Fonte: CenárioMT

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Wesley Rodrigues

Com apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a exposição “Bancos indígenas do Brasil”, da Coleção BEI, recebeu na sexta-feira (28.11), estudantes da E.M.E.B ‘Ana Francisca de Barros’, que faz parte da rede municipal de Várzea Grande. Dezenas de grupos de estudantes já conheceram a exposição montada na Galeria de Artes da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e, até 24 de março, o evento irá receber a visita de outras escolas públicas e privadas, de segunda a sexta-feira, em horário comercial. No local, eles conhecem as peças criadas por várias etnias por meio de um deslumbramento estético com a beleza das formas, cores e o grafismos dos bancos indígenas brasileiros.

As obras foram talhadas a partir de um único tronco de madeira e pintadas com resinas naturais, como a seiva do Ingá misturado com pó de carvão e urucum. O grafismo e formato das peças espelham o universo cultural e a cosmologia de cada etnia que os criou. “Os bancos são geométricos e zoomórficos, refletindo a diversidade da fauna das regiões de que provêm”, explica Lucas de Albuquerque, coordenador de Educação escolar Indígena, da Superintendência de Diversidades (Sudi), que é ligada à Secretaria Adjunta de Educacional (Sage).

Para a professora Glória Maria de Almeida Souza, da E.M.E.B ‘Ana Francisca de Barros’, a exposição foi importante não só para os alunos, mas, também para os educadores presentes. “Os estudantes ficaram ansiosos para conhecer sobre o trabalho dos primeiros moradores da nossa terra. É necessário falar sobre eles, a influência da cultura indígena na nossa língua e os costumes. O indígena faz parte da nossa história e do nosso DNA”, disse.

A curadoria da mostra, assinada por Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, reuniu 86 bancos de 29 etnias, compondo um recorte representativo da diversidade e sofisticação da produção de bancos indígenas no Brasil. Entre as etnias encontram-se Karajá, Saterê-Mawê, Tukano, Xipaya, Waiwai, Tapirapé, Yudjá e Tiryó, dentre outras.

Segundo a estudante Maria Luiza Soares de Andrade Rocha, a exposição foi uma forma de conhecer um pouco mais da cultura indígena e se familiarizar com o trabalho. “Achei a exposição maravilhosa. Foi incrível saber que os índios fizeram esse trabalho tão bonito. Tenho amor por eles”, finalizou emocionada ao conhecer o trabalho indígena e seus detalhes.

O monitor da exposição, Daniel Ramos Enoré, disse que receber mais esse grupo de estudantes foi uma experiência inesquecível, pois, além do convívio pedagógico é uma forma de contextualizar as práticas educacionais. “A exposição promove um intercâmbio cultural com os nossos estudantes, junta o que eles aprendem em sala de aula e o que aprendem aqui na prática. Além de aprender sobre as etnias, eles conhecem um pouco mais sobre o convívio social, sobre e a arte e cultura deles”, expôs o monitor.

Bancos indígenas do Brasil

A mostra em Cuiabá é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da CBMM, apoio da Secretaria do Estado de Educação (Seduc-MT), Secretaria do Estado de Cultura, Lazer e Esporte (Secel-MT), da Coleção BEI e Editora BEI. A Galeria Lava Pés fica na Avenida Jose Monteiro de Figueiredo, 510, Bairro Duque de Caxias. A entrada é gratuita e a exposição ficará disponível para visitação até 24 de março de 2023, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

 

 

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