Uma ex-servidora da Prefeitura de Sapezal, a 473 km de Cuiabá, foi condenada a ressarcir os cofres públicos depois de fingir uma gravidez e a morte de gêmeos com atestados falsos para se manter afastada da função.
A ex-servidora continuou recebendo os salários entre outubro de 2013 e abril de 2014, apresentando os atestados falsos.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), a ex-servidora deverá devolver os valores recebidos indevidamente e pagar multa de duas vezes o valor do salário, o equivalente a R$ 60 mil.
De acordo com o órgão, a fraude foi descoberta pelo setor de Recursos Humanos da prefeitura.
Em um dos atestados, ao se referir à suposta causa da morte dos bebês durante o parto, o documento trouxe a palavra eclipse, quando o correto seria eclâmpsia.
O primeiro atestado foi entregue logo após a contratação da funcionária, feita por processo seletivo. O documento dizia que a paciente estava gestante e, por se tratar de gravidez de risco, deveria ser afastada das funções.
Depois de cinco meses, a prefeitura recebeu outro atestado. Dessa vez, o documento atestava a morte das duas crianças durante o parto.
Ao serem ouvidos, os médicos que supostamente assinaram os atestados alegaram que nunca emitiram os documentos.