Alunos da Escola São Domingos, em Sorriso, estão participando de um projeto de robótica que terá participação de alunos de várias cidades brasileiras. O grupo de 50 estudantes será orientado por Maria Cecília, que é responsável pelo programa de Robótica do município. Até o ano passado, a professora morava e atuava em Lucas do Rio Verde.
Na sexta-feira (16), Maria Cecília participou de uma live de lançamento do projeto piloto Robótica Espacial, uma iniciativa pedagógica da Universidade de Brasília – UnB e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, com apoio técnico da Agência Espacial Brasileira. O projeto é baseado no robô lunar Artemis. Alunos de escolas públicas de todo o país foram desafiados a construir um robô Rover, semelhante ao desenvolvido pela Nasa.
Em tempos de pandemia e aproveitando os recursos tecnológicos, os alunos vão desenvolver o projeto usando uma plataforma que pode ser baixada em computadores, tablets e celulares, conforme a realidade do aluno. “A criança que não tem internet, ela baixa a plataforma e vai poder construir o robô dele”, explicou a professora.
Com o andamento do projeto, o aluno vai poder desenvolver a criatividade e habilidade. Após essa etapa, já com as ideias definidas, as peças serão impressas em impressoras 3D, equipamento que também poderá ser desenvolvido pelos alunos.
“A partir do momento em que desenvolverem as ideias deles, ter um acompanhamento e fizerem as atividades, eles vão receber um certificado de cientista, jovem cientista. Já é um começo, um start”, detalhou Maria Cecília, que trabalha a robótica com kits da Lego. Ela deve complementar o programa Robótica Espacial com os kits que usa no ensino aos alunos.
Interesse por tecnologia
A professora observa que os alunos, de forma geral, têm mostrado bastante interesse quando o assunto é robótica, principalmente em razão dos avanços tecnológicos que a sociedade vive. Maria Cecília explica que os jovens hoje são ‘muito visuais’, práticos, e desenvolvem um interesse pela ciência e tecnologia, principalmente quando são estimulados a desenvolver projetos criados por eles.
“Como estamos na educação STEAM, que é uma sigla em inglês que significa Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. O governo federal mostrou a preocupação de desenvolver essa modalidade STEAM no currículo escolar”, pontuou.
A pandemia de coronavírus evidenciou a necessidade de ampliar o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas. Com indivíduos em isolamento domiciliar, restou fazer a conexão de forma remota.
“É um desafio fazer um projeto desse porte na pandemia. Na sala de aula é diferente, estou sempre incentivando os alunos, tem os campeonatos de robótica, que são um incentivo. Como não está sendo presencial, tudo é feito online. É um desafio maior pra poder manter os alunos motivados”, avalia.
Currículo
Maria Cecília de Lira é Graduada em Pedagogia, Pós Graduada em Novas Tecnologias Educacionais, Pós Graduada em Robótica Educacional, Coordenadora Pedagógica de Robótica Educacional em Sorriso e formadora Pedagógica de Robótica Educacional ( Robótica sustentável, linguagem de programação com Scratch, Wedo 2.0, Microbit, Ev3, arduíno). Ela também é Spike Prime Influencers e Embaixadora da Inovação Lego Education.
Antes de assumir a Coordenação Pedagógica de Robótica Educacional pela Prefeitura Municipal de Sorriso, ela atuou por 3 anos como Professora de Robótica Educacional pela Prefeitura Lucas do Rio Verde.
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