O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação por improbidade administrativa contra o ex-governador Pedro Taques (PSDB) pelo surto de hanseníase no Centro de Detenção Provisória de Juína, a 737 km de Cuiabá. A reportagem não conseguiu contato com o ex-governador.
O MP alega que o governo não cumpriu uma decisão que determinou a contratação de profissionais de saúde para atender na unidade.
Na ação, o MP cita a decisão judicial de outubro de 2018 que obrigou a contratação de um médico, um enfermeiro e 18 agentes penitenciários para conter um surto de hanseníase na unidade prisional.
O MP também quer responsabilizar o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos.
Um terço dos presos está com a doença, segundo o MP.
A Secretaria de Segurança Pública disse que está adotando as medidas necessárias para o cumprimento da decisão da Justiça e que em 2017 e 2018 realizou processo seletivo para a contratação de médico, um profissional começou a trabalhar, mas na sequência pediu dispensa.
Em outra seleção não houve inscritos. Sobre a saúde dos presos, disse que é realizada atenção junto à Prefeitura de Juína e, sobre a nomeação de agentes, disse que vai fazer análise orçamentária e jurídica.