Um estudo sobre a viabilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na Grande Cuiabá, deve ser concluído em abril deste ano. O atual governo do estado informou que tenta retomar a obra. Para isso, foi formado um grupo de trabalho junto com o governo federal.
O modal, com 22 quilômetros de trilhos com dois itinerários, deveria ter ficado pronto em março de 2014 para facilitar o transporte dos turistas durante a Copa do Mundo, mas o projeto, que já consumiu mais de R$ 1 bilhão, está inacabado. Denúncias de desvio de dinheiro travaram o andamento dos trabalhos.
Até agora apenas 6 km foram concluídos. Por onde passaria os trens, a imagem é de abandono.
A expectativa dos moradores é de que esta obra seja retomada ainda neste ano.
Em novembro de 2019, uma empresa de consultoria ganhou uma licitação para o estudo de viabilidade econômico-financeira de continuidade das obras do VLT, na Grande Cuiabá.
Pelo valor de R$ 464,3 mil, a empresa ficou responsável por elaborar e apresentar um relatório sobre a retomada do VLT e a viabilidade de construção do BRT (Buss Rapid Transit) – que consiste em corredores exclusivos para a circulação de ônibus coletivos.
Paralelamente a essa consultoria, está sendo feito um estudo técnico sobre a viabilidade ou não do VLT. O estudo é realizado por um grupo composto por vários órgãos, e comandado pela secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Regional.
A equipe foi montada em julho de 2019, após reuniões feitas em Brasília entre os governos estadual e federal.
Lojas fechadas
Muitas lojas da Avenida da Feb, em Várzea Grande, onde trilhos do VLT foram instalados, foram fechadas, pois a obra parada atrapalhou o fluxo de pessoas na região e, consequentemente, as vendas.
O empresário Guilherme Verdum, dono de um hotel na região, afirmou que a quantidade de hóspedes diminuiu após a obra ser abandonada.
“Resolvemos fechar o hotel para não se afundar em dívidas”, declarou.
Para o presidente da Associação Brasileira de Hotéis em Mato Grosso, Jack Abboudi, a obra teve gastos desnecessários.
“É dinheiro jogado fora. É uma ferida aberta e precisamos resolver essa situação”, ressaltou.
Em 2015, uma estimativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) apontou que 40% das empresas que ficam às margens do canteiro de obras do VLT fecharam as portas na Avenida da Feb.