Um estudo realizado pelo Observatório de Política Fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que os chamados super-ricos de Mato Grosso registraram uma renda média anual de R$ 2,7 milhões em 2022, o que equivale a aproximadamente R$ 225 mil por mês. As conclusões do estudo foram divulgadas pelo Jornal O Globo nesta quinta-feira (25).
Esses super-ricos representam apenas 0,01% da população do estado, o que totaliza 294 pessoas.
Segundo Sérgio Gobetti, economista responsável pelo estudo, a renda dos mais ricos em Mato Grosso chega a ser 364 vezes maior do que o ganho da classe média no estado. A nível nacional, essa discrepância é de 248 vezes. Os dados foram obtidos pela FGV a partir das declarações do Imposto de Renda de Pessoa Física, no período de 2017 a 2022.
O avanço do agronegócio nas últimas décadas é apontado como o principal motivo para o aumento da fortuna dos super-ricos no Brasil, conforme aponta o documento.
Entre 2017 e 2022, a renda dos super-ricos de Mato Grosso teve um aumento de 115% acima da inflação. O estado ficou em terceiro lugar nesse crescimento, sendo superado apenas por Mato Grosso do Sul e Amazonas, com variações de 131% e 122%, respectivamente.
Apesar do crescimento mais expressivo no Mato Grosso do Sul, a renda média dos mais ricos nesse estado ainda é 26% menor do que a de Mato Grosso.