O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu nesta sexta-feira (17) que a eleição para o Senado em Mato Grosso deve ser realizada junto com as eleições municipais, quando serão escolhidos os novos prefeitos e vereadores, em 15 de novembro. A decisão atende ao pedido do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), desembargador Gilberto Giraldelli.
A vaga ao Senado foi aberta após a cassação de Selma Arruda. A cadeira é ocupada interinamente por Carlos Fávaro.
Conforme o pedido feito pelo desembargador Silberto Giraldelli, a medida implicará em drástica redução de gastos, em razão do aproveitamento de toda a estrutura de pessoal e a logística do pleito ordinário.
Além disso, considerando o cenário atual de pandemia, argumentou que a realização das eleições em mesma data representará adequada medida de prevenção pelo novo coronavírus, pois os eleitores comparecerão em momento único.
“Considerando o contido nas manifestações das unidades deste tribunal e por entender que a medida atende aos princípios da economicidade e da eficiência, defiro o pedido para realização da eleição suplementar para o cargo de Senador e respectivos suplentes do Estado de Mato Grosso na mesma data do 1º turno das eleições municipais ordinárias de 2020, designado, pela EC nº 107/2020, para 15 de novembro”, determinou o presidente do TSE.
Cassação de Selma Arruda
Selma Arruda teve o mandato cassado em dezembro do ano passado pelo TSE. Seis dos sete ministros consideraram que a parlamentar praticou caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha de 2018. Um ministro entendeu que não há como relacionar o gasto na pré-campanha com o número de votos obtido pela senadora.
Após a decisão, a senadora divulgou uma nota na qual afirmou que “vontades políticas” prevaleceram e que ela “sofreu as consequências pelas ações desempenhadas durante sua atuação na magistratura de Mato Grosso”.