Equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), do Ibama e da Brigada de Incêndio Aliança da Terra monitoram o nascimento das tartarugas da Amazônia do rio das Mortes. O quelônio de água doce que pode chegar a 50 quilos na vida adulta desova, em sua grande maioria, nas praias do Refúgio da Vida Silvestre Quelônios do Araguaia, unidade de conservação estadual.
De acordo com o gerente do refúgio, Felisberto da Silva, a estimativa é que no reviradouro, da praia das Gaivotas, local que este ano foi escolhido pela maioria das tartarugas para a desova, nasçam pelo menos 250 mil tartarugas. O reviradouro é um local da praia em que centenas de tartarugas desovam no mesmo lugar. As tartarugas mãe escolhem o local de acordo com a limpeza da areia e tranquilidade da praia.
Idealizador do projeto, o analista de meio ambiente do Ibama, Gaspar Rocha, acredita que a proteção das tartarugas surtiu efeito. “Quando chegamos a exploração da tartaruga era depredatória e quando iniciamos tirávamos 33 mil filhotes, hoje, a média é de 300 mil filhotes por temporada”, explica. Para os especialistas, o projeto auxiliou no repovoamento dos rios beneficiando inclusive outras espécies, como o pirarucu.
O projeto Quelônios do Araguaia teve início na década de 80. Em 2001, a Sema criou o refúgio de 60 mil hectares para proteção das praias onde as tartarugas desovam. Há 14 anos, a Brigada de Incêndio Aliança da Terra se uniu ao projeto para auxiliar no monitoramento, garantindo a proteção das tartarugas.
Da Sema, participam do monitoramento a Superintendência de Educação Ambiental e Atendimento ao Cidadão (Sueac) e coordenadorias de Unidades de Conservação e de Fauna e Recursos Pesqueiros. As ações de acompanhamento do nascimento das tartarugas seguem até que o nascimento das tartarugas estejam finalizado.