O engenheiro agrônomo Osvaldo Henrique Gunther, de 27 anos, disse nesta terça-feira (24) que foi salvo por um milagre, depois de passar horas preso com um paratrike, em uma nuvem durante uma tempestade, na noite de sábado (21), em Porto Alegre do Norte, a 1.143 km de Cuiabá.
“Sei que foi uma decisão errada e aviação isso, quando se toma uma decisão errada coloca a vida em risco, mas estou bem. Vou curtir o Natal em família. Estou curtindo muito esse momento com a minha família porque sei que foi um milagre de Deus. Deus me ajudou muito nesse momento de aflição”, afirmou.
Quando estava no alto, preso na nuvem, disse que passou muito frio, mas que não perdeu o controle do equipamento. “No momento que estava lá, agradeci a Deus, pedi perdão”, disse.
Osvaldo só conseguiu pousar cerca de 3 horas depois. Durante o período em que estava no alto, disse ter desmaiado algumas vezes.
“Consegui pousar com tranquilidade, numa clareira, em um local aberto. Poderia ter pousado em uma mata e me machucar, mas consegui pousar em local aberto”, explicou.
Ele foi resgatado na manhã do dia seguinte, em uma fazenda, onde conseguiu checar depois de uma caminhada de aproximadamente duas horas.
O engenheiro pratica o esporte há cerca de sete anos e nunca havia sofrido nenhum acidente. Mas nesse dia ele disse que se arriscou, acreditando que a chuva, com rajadas de vento, ainda iria demorar, a ponto de dar tempo de fazer um sobrevoo curto pela cidade, no fim de tarde.
Ele fez curso para pilotar o equipamento e tem carteira da Associação Brasileira de Paramotor. O paratrike é a combinação do parapente com um trike – veículo motorizado.
A decolagem foi no aeroporto e a intenção era pousar na cidade, numa distância de cerca de 3 km. No entanto, o sobrevoo não deu certo como o planejado e a tempestade teve início quando ele estava no alto.
Osvaldo mora em Primavera do Leste e está em Porto Alegre do Norte a passeio, para passar o Natal com os parentes que moram na cidade.