O Cine Teatro Cuiabá retoma este mês o projeto Encontros com Cinema, lançado em 2017 para difundir produções cinematográficas que estão fora do circuito comercial. Em homenagem aos 300 anos de Cuiabá, a primeira exibição será com a Sessão Realizadores de Mato Grosso, que traz opções de filmes de produtores regionais, exibidos sempre às terças-feiras, até maio.
A programação começa nesta terça-feira (02.04), às 19h30, com duas produções de Luiz Marchetti: Horário obrigatório da poesia, uma série de vídeos poemas com obras da literatura mato-grossense, e o média metragem Resgate: quem está no Centro da América do Sul.
“Aproveitamos que abril é aniversário de Cuiabá e maio, da fundação de Mato Grosso, e decidimos começar o ano com a Sessão Realizadores de Mato Grosso. Serão dois meses, abril e maio, dedicados ao cinema realizado em Mato Grosso. Assim, acredito que essa compilação é um ponto de entrada para divulgar obras audiovisuais de alguns realizadores do Estado”, destaca o curador de cinema do Cine Teatro Cuiabá, Diego Baraldi.
Além disso, ele explica que incluiu no Encontros com Cinema uma sessão da Mostra Vitrine Filmes, sempre na última terça de cada mês. A Mostra já integra a programação do Cine Teatro desde janeiro deste ano. “A proposta é promover o contato do público local com filmes brasileiros recém lançados no circuito independente e que invariavelmente não encontram espaço no circuito comercial da cidade”.
O projeto Encontros com Cinema é uma ação de extensão realizada em parceria entre o Cine Teatro Cuiabá e o Cineclube Coxiponés, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A atividade ocorre sempre nas terças-feiras, às 19h30, e consiste em exibições semanais de filmes com contextualização da obra e do autor. No dia, é promovido um debate com o público, mediado por Diego Baraldi e Aline Wendpap. Para a entrada é cobrada uma taxa simbólica de R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).
Serviço
O Cine Teatro Cuiabá é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). Está localizado na Avenida Presidente Getúlio Vargas, 247, Centro de Cuiabá. Telefone: (65) 2129-2848. Email: contato@cineteatrocuiaba.org.br
Confira a programação disponível no site do Cine Teatro Cuiabá: http://cineteatrocuiaba.org.br/programacao/
02/04
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Luiz Marchetti
Horário obrigatório da poesia (Luiz Marchetti, 2009, 8’)
Resgate: quem está no Centro da América do Sul (projeto e pesquisa: Wanda Marchetti; direção: Luiz Marchetti, 2007, 52’)
Cuiabano, Luiz Marchetti é diretor, roteirista, curador audiovisual e produtor. Desde garoto trabalha nas artes cênicas e no audiovisual em Cuiabá. Formado na CAL – Casa de Artes de Laranjeiras/RJ, é graduado em Belas Artes com especialização em Filme e Vídeo na Central Saint Martins em Londres e possui Mestrado em Arte pela Westminster de Londres (premiado pelo AHRB- Arts e Humanity Research Board). Residindo no Centro Histórico de Cuiabá há 16 anos, criou o CALM – Centro Audiovisual Luiz Marchetti -, empresa com pesquisa e execução de vídeos, peças e instalações de multimeios. Classificação indicativa: 10 anos.
09/04
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Eduardo Ferreira
Eunóia (Eduardo Ferreira & Joel Sagardia, 2007, 9’)
Cerimônias do esquecimento (Eduardo Ferreira, 2004, 54’)
Eduardo Ferreira é artivista multimídia. Atua na literatura, música, audiovisual, teatro, jornalismo e política cultural. Publicou poemas, crônicas, contos e resenhas em jornais, sites, revistas e livros, entre eles a novela “Eunóia” (2007, A Fábrika). Roteirizou e dirigiu curtas e documentários. Foi diretor de TV, editor de jornal, articulador do site Overmundo em Mato Grosso. Criador do bando musical Caximir, que ocupa os palcos até hoje, desde a década de 1980, além de outros projetos musicais. Atualmente é produtor e apresentador artístico da Rádio Assembléia (89,5 FM) e foi um dos idealizadores do coletivo cultural Cidadão Cultura (www.cidadaocultura.com.br). Classificação indicativa: 16 anos.
16/04
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Coletivo Audiovisual Negro Quariterê
Sob os pés (Juliana Segóvia e Neriely Dantas, 2015, 20’)
Abecedário: encontros e desencontros nas letras mato-grossenses (Jonathan César, 2017, 30’)
Pandorga (Maurício Pinto, 2017, 17’)
Como ser racista em dez passos (Isabela Ferreira, 2018, 13’)
Estreia do curta: Minha madrugada (Rodolfo Luiz, 2019, 10’)
O Coletivo Audiovisual Negro Quariterê é formado por produtores de audiovisual de Mato Grosso e tem como foco reunir profissionais da área e demais pessoas interessadas em discutir temáticas relacionadas às questões raciais e suas intersecções com outros aspectos que podem agravar preconceitos, tais como gênero, idade e classe social. Nesse sentido, como fruto do aprofundamento dessas discussões, desenvolve ações ideológicas e concretas voltadas a promover a equidade de gênero e raça por meio de materiais audiovisuais. Para tanto, o Coletivo participará de editais e busca sua inserção nos espaços oficiais de circulação a fim de garantir que atuem profissionais negros em todas as etapas da produção. Classificação indicativa: 14 anos.
23/04
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Coletivo Miraluz
Primeira morte de Pedro (Felippy Damian, 2015, 10’)
Se acaso a tempestade fosse nossa amiga eu me casaria com você (Wuldson Marcelo & Felippy Damian, 2015, 20’)
Risos na Madrugada (Valdecy Azambuja & Felippy Damian, 2015, 11’)
Aquilo que me Olha (Felippy Damian, 2018, 25’)
A Miraluz se apresenta como um coletivo de gente-amiga que produz audiovisual a partir de um agir colaborativo e orgânico, cada um com seu olhar e potência. O grupo se formou nos arredores da UFMT e já realizou cinco curtas, dois deles ainda em finalização. Por essas primeiras produções serem sem recursos financeiros, as funções dentro de cada filme sempre ganharam rotatividade e foi preciso procurar soluções alternativas em meio à indisponibilidade de alguns elementos estruturais. Atualmente, o grupo vem somando a estes primeiros trabalhos outros já realizados por meio de editais de financiamento público. Classificação indicativa: 18 anos.
30/04
Sessão Vitrine – A Nossa espera (Guillaume Senez, Bélgica/França, 2018, 99’)
Sinopse: Olivier faz o melhor que pode para combater as injustiças em seu trabalho. Mas de um dia para o outro, sua esposa Laura inesperadamente abandona a família, e ele se vê sozinho tendo que lidar com as necessidades de seus filhos pequenos, os desafios do cotidiano e as demandas de seu trabalho. Diante de novas responsabilidades, Olivier e os filhos lutam para encontrar o equilíbrio à espera de Laura. Classificação indicativa: 14 anos
07/05
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Amauri Tangará & Tati Mendes
Ao sul de setembro (Amauri Tangará, 2005, 80’)
Amauri Tangará é roteirista, dramaturgo, cineasta, diretor teatral, preparador de atores, provocador cultural e ator. Amauri é um autodidata que se dedicou as artes desde cedo. Líder firme e generoso de suas equipes, circula à vontade entre palcos e sets, privilegiando sempre o “angariar afetos”. Tati Mendes é administradora, gestora cultural, parecerista, facilitadora de oficinas de cinema, produtora. Responsável por realizar os “sonhos” e tirá-los do papel, para que virem produtos de qualidade para as plateias do mundo. Deste 1997, Amauri e Tati lideram a Cia D´Artes do Brasil, que atualmente finaliza dois projetos para a TV: a série “O Pantanal e outros bichos” e o documentário “Mata Grossa”. Classificação indicativa: 10 anos.
14/05
Sessão Realizadores de Mato Grosso. João Carlos Bertoli
Sua vida é você quem faz (João Carlos Bertoli, 2015, 15’)
Céu e água (João Carlos Bertoli, 2007, 52’)
João Carlos Ferreira Bertoli é cineasta formado pela FAAP/SP (1995). Sócio-proprietário da produtora de audiovisual Lamiré Cinema e Vídeo Ltda, Bertoli possui ampla experiência no campo do audiovisual, atuando como roteirista, diretor e diretor de fotografia. Dirigiu e roteirizou o curta “Sua vida é você quem faz” (2015) e o média documentário “Céu e Água” (2007). Entre seus trabalhos estão a direção de fotografia dos curtas “Le Mur” (Severino Neto, 2014), “Licor de Pequi” (Maria Thereza Azevedo, 2015) e Filhos da lua na terra do sol” (Danielle Bertolini, 2016); Bertoli é o diretor de fotografia dos longas “Nenhures” (Amauri Tangará, 2014), do documentário “De volta pra casa” (Danielle Bertolini, 2015) e do telefilme documentário “As cores que habitamos” (Maria Thereza Azevedo, em finalização). Classificação indicativa: 14 anos.
21/05
Sessão Realizadores de Mato Grosso. Bárbara Fontes
Sayonara (Bárbara Fontes, 2008, 20’)
Vila Bela: terra de colores (Bárbara Fontes, 2005, 55’)
Bárbara Fontes é jornalista, cineasta documentarista, roteirista, produtora, fotógrafa e poetisa. Em 25 anos de carreira, trabalhou em mais de 60 obras audiovisuais, seja como diretora, roteirista, produtora, co-produtora ou como consultora. Entre as principais estão “Arne Sucksdorff: uma vida documentando a vida”; “Vila Bela: terra de colores”; “Canção Mato-Grossense (Hino de Mato Grosso)”. Fez a Direção Geral do documentário “Sayonara”, fruto de um curso de cinema documentário. Em 2017, dirigiu o vídeo-poema “A Mangueira”, que fez parte da exposição de arte “Natureza: Substantivo Feminino”. É editora do blogdabarbarafontes.com. Classificação indicativa: 10 anos
28/05
Sessão Vitrine – Lembro mais dos corvos (Gustavo Vinagre, Brasil, 2018, 80’)
Sinopse: Júlia conta histórias para atravessar uma noite de insônia. Classificação indicativa: 18 anos