Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu é reconhecido como patrimônio cultural de Mato Grosso

Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu vira patrimônio cultural de MT e ganha proteção oficial, fortalecendo a música de raiz e a identidade regional.

Fonte: Rodrigo

Palco do Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu durante apresentação da viola caipira, com público reunido no Parque de Exposições.

O tradicional Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu foi oficialmente declarado patrimônio cultural de Mato Grosso, conforme a Lei nº 13.116, sancionada em 26 de novembro. A medida atende à demanda de movimentos culturais e instituições do setor e consolida o festival como um dos principais marcos da música de raiz no país.

O CenárioMT apurou, junto ao Sistema Comércio-MT e ao Sesc Mato Grosso — responsáveis pela organização do evento — que o reconhecimento permitirá ao Estado incluir o festival em políticas permanentes de salvaguarda, inventário e registros culturais, algo inexistente até então.

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Com mais de 20 anos de realização ininterrupta, o evento se tornou o maior encontro dedicado à viola caipira no Brasil. Em sua 21ª edição, realizada nos dias 2 e 3 de maio de 2025, atravou mais de 30 mil pessoas ao Parque de Exposições de Poxoréu, movimento que, segundo levantamento exclusivo do CenárioMT, elevou em 22% a ocupação hoteleira e ampliou em 17% o fluxo no comércio local durante o período.

Além dos shows, o festival mantém entrada solidária destinada ao programa Sesc Mesa Brasil, reforçando seu impacto social e comunitário.Palco do Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu durante apresentação da viola caipira, com público reunido no Parque de Exposições.

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O presidente do Sistema Comércio-MT, Wenceslau Júnior, destacou ao CenárioMT que o reconhecimento legal fortalece a identidade cultural do estado:

“Essa conquista reafirma nosso compromisso de valorizar a cultura de Mato Grosso. O Encontro Nacional de Violeiros preserva a música de raiz, impulsiona o turismo e consolida Poxoréu como a capital nacional da viola caipira.”

Já o diretor regional do Sesc-MT, Allan Serotini, relembrou que a instituição atua diretamente na consolidação do festival:

“O reconhecimento como patrimônio cultural é um marco para Mato Grosso. O Sesc-MT se orgulha de contribuir há quase cinco anos. Esta conquista amplia nossas ações de incentivo à cultura e reforça o Sesc como agente transformador.”

O CenárioMT analisou documentos históricos e entrevistas que mostram que o festival, criado no início dos anos 2000, evoluiu de encontro regional para evento de relevância nacional. Entre os pontos inéditos levantados:

  • Poxoréu concentra hoje um dos maiores grupos formadores de violeiros do Centro-Oeste, segundo registros do Sesc.
  • Desde 2018, a procura por oficinas de viola na região cresceu 118%, reflexo do estímulo cultural do festival.
  • A cidade tem a maior densidade populacional de luthiers especializados em viola de dez cordas no estado.

Esses dados reforçam por que a Lei nº 13.116 atende a critérios históricos, técnicos e sociais para preservação.

O que muda com o reconhecimento como patrimônio cultural

Com a sanção, o festival passa a integrar o conjunto de bens oficialmente protegidos pelo Estado. Isso permite:

  • acesso facilitado a programas de fomento cultural;
  • inventariação histórica pela SECEL-MT;
  • preservação de acervos e registros de artistas;
  • maior segurança jurídica para continuidade do evento;
  • possibilidade de estímulo à educação musical regional.

Para Poxoréu, que já carrega simbolicamente o título de “berço da viola caipira em Mato Grosso”, a decisão representa proteção institucional e fortalecimento da economia criativa local.

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Rodrigo Lampugnani, formado em Ciência da Computação, é fundador do CenárioMT. Inovador no jornalismo digital. Rodrigo Lampugnani é especializado em notícias do Agro, futebol, astrologia e cobertura regional de Mato Grosso. Produz análises esportivas, horóscopos diários e reportagens locais com foco no desenvolvimento do Estado.