Ao longo de 2019, a Delegacia Especializada da Mulher de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) registrou 1.851 ocorrências e instaurou 590 inquéritos para apurar crimes relacionados à violência doméstica envolvendo mulheres e crianças. A unidade policial concluiu ainda outros 552 inquéritos com encaminhamento à justiça.
A delegacia também representou por 534 medidas protetivas para vítimas de violência durante o ano passado e realizou 2.073 oitivas de vítimas, testemunhas e suspeitos. Foram cumpridos 21 mandados de prisões pela unidade policial e 19 pedidos de prisões foram representados pela delegacia.
A delegada titular da unidade, Karla Cristina Peixoto, pontua que números significam empenho da equipe da unidade em atuar na solução de conflitos familiares e domésticos.
“O compromisso e a dedicação da equipe resultaram no aumento da produtividade da unidade em 2019. Temos também na delegacia o projeto ‘Movimente-se contra a violência’, cujo objetivo é conscientizar a população sobre as diversas formas de violência doméstica orientando e encorajando as vítimas a denunciarem seus agressores”, destaca a delegada.
Movimente-se contra a violência
No decorrer do ano, as palestras realizadas pelo projeto da DEDM de Rondonópolis chegou a diversos órgãos e entidades do município e alcançaram um público de aproximadamente cinco mil pessoas.Em uma das palestras do projeto o público foi um contingente de 250 profissionais do 18º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) do Exército. A ação foi realizada no mês de novembro em alusão ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. Como palestrantes participaram o delegado da Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande , Cláudio Sant’Ana, que falou sobre o projeto “Papo de Homem para Homem”, iniciativa que surgiu após conversas com os agressores, e é voltado ao público masculino de todas as faixas etárias.
Também palestrou no evento a investigadora da DEDM de Rondonópolis, Gislaine Cabral, que integra o Movimente-se desde sua criação, há mais de dois anos. Ela abordou o tema “Diálogos sobre a violência doméstica”, em que apresentou características específicas da violência em uma conversa diferenciada com os homens.
A investigadora também levou a palestra, por exemplo, a 750 garotas que estudam na Escola Estadual Daniel Martins Moura. Como parte da programação do Outubro Rosa, as estudantes foram convidadas a debater a valorização e proteção às mulheres para além do Outubro Rosa. Entre as atividades, uma aluna compôs uma poesia sobre o tema “O que é ser mulher”.