Um projeto de extensão da faculdade de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vai incentivar as famílias à doação voluntária de corpos. O objetivo é promover estudos que possam ajudar no diagnóstico e cura de doenças. O programa foi intitulado ‘legado eterno’.
O artigo 14 da Lei 10.406 de janeiro de 2002 diz que, é válida a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, com objetivo científico.
De acordo com o coordenador do projeto, o professor Flávio Silva Tampeline, há uma escassez de cadáveres para estudos nas universidades. Por isso, a ideia de incentivar que as pessoas façam doação voluntariamente.
“As aulas de anatomia, por exemplo, são ministradas com teoria e prática, e não é possível visualizar com perfeição todas as partes do corpo humano em modelos sintéticos que simulam o real”, esclarece o professor.
Ainda segundo ele, além de fornecer material de estudos, o programa visa aproximar a UFMT da comunidade, com visitas de escolas do ensino fundamental e médio ao laboratório de anatomia.
Museu do corpo humano
O projeto também estuda a criação de museu do corpo humano em Mato Grosso. O local seria aberto para toda comunidade, com a exposição de modelos sintéticos, incluindo mesas anatômicas, softwares de realidade virtual e cadáveres, para melhor entendimento das características humanas.
Para demonstrar o interesse em participar do programa de doação de corpos, é necessário preencher formulários e reconhecê-los em cartório, com assinatura de duas testemunhas. No site da UFMT também serão disponibilizadas informações e respostas a dúvidas relacionadas ao processo de doação.