O Conselho Gestor do Desenvolvimento Floresta do Estado de Mato Grosso apoiou o financiamento de um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Agrossilvipastoril e Associação dos Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) para a avaliação de clones de eucalipto.
O projeto testará 60 clones de eucalipto desenvolvidos pela Embrapa, atendendo à demanda crescente de madeira para energia. O objetivo é recomendar materiais mais adaptados e produtivos para as condições de clima e solo do estado. Com isso, espera-se reduzir os riscos na atividade florestal.
“Hoje basicamente a silvicultura de eucalipto em Mato Grosso é pautada em três materiais. O H13, o VM01 e o 144. Tem um ou outro que vai bem em determinada região, mas esses três são os que se desenvolvem bem em todas as regiões. Então é um risco muito alto, caso surja alguma praga ou doença se esses materiais forem suscetíveis. Então o foco do trabalho é aumentar o leque de opções de materiais para minimizar esse risco que existe”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e líder do projeto Maurel Behling.
Serão instalados experimentos em cinco regiões de Mato Grosso, onde os clones serão testados em parcelas de 100 plantas (10×10). Os testes clonais ampliados (TCA) serão agendados pela Embrapa e por empresas associadas à Arefloresta.
“A ideia é plantar em locais representativos de onde será cultivado o eucalipto em Mato Grosso. Então são áreas marginais para a agricultura. Geralmente são áreas de solo mais arenosos”, explica Maurel Behling.
No campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, onde o solo é de textura média e argilosa, também há um ensaio para acompanhamento e preservação de materiais genéticos.
Os 60 clones utilizados são oriundos de trabalhos de seleção e melhoramento genético realizados pela Embrapa Florestas em Goiás e Mato Grosso do Sul. Anteriormente, uma outra etapa da pesquisa foi realizada em Sinop (MT), com auxílio da Flora Sinop, para testar a produção de mudas e o enriquecimento de materiais.
O orçamento aprovado para o novo projeto é de R$ 2,4 milhões, distribuídos ao longo de seis anos de execução. O valor sai do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso, subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).