Caminhoneiros fizeram um manifesto nesta segunda-feira (14) para denunciar o descaso com a manutenção da BR 163 em Mato Grosso. Eles fizeram bloqueio na altura do km 395 para chamar a atenção das autoridades para a má conservação da rodovia. A BR 163 é considerada principal rodovia, sendo na ligação entre cidades e regiões e também a principal via de escoamento da produção do norte e médio norte do Estado.
Pela manhã, vários vídeos foram compartilhados nas redes sociais. Num deles, um caminhoneiro mostrou a realidade que os profissionais vivem nas estradas matogrossenses. No vídeo, ele mostra alguns metros do trecho entre Jangada e Rosário Oeste. A estrada, que no trecho não é duplicada, apresenta muitos buracos, fazendo com que os caminhoneiros tenham que andar em ‘ziguezague’, colocando-se em risco. Além disso, o trecho não conta com acostamento.
O caminhoneiro narra que trafega em outras rodovias brasileiras e que a realidade em Mato Grosso é diferente, pelo descaso demonstrado. Ele lembra que o pedágio segue sendo cobrado, mas que não há retorno na infraestrutura e, consequentemente, põe em risco a segurança de quem utiliza a rodovia.
Nota da concessionária
A concessionária Rota do Oeste, responsável pela administração do trecho reclamado pelo profissional, disse considerar justa a pauta que provocou o bloqueio da rodovia nesta segunda-feira. Porém, ela ressalva que no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá as obras de manutenção, conservação e duplicação são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Segundo a empresa, essa condição foi divulgada desde o início da concessão da BR-163/MT.
“Neste segmento, a Concessionária Rota do Oeste tem como obrigação os atendimentos operacionais, como prestação de serviços aos usuários, atendimentos às ocorrências de diversas naturezas, socorro médico, mecânico e guincho, por exemplo. O compartilhamento de obrigações entre Rota do Oeste e DNIT, neste trecho da BR-364, é prevista em contrato de concessão, firmado em 2014”, pontua a nota.
No documento, a concessionária afirma que tem compromisso com a segurança viária e a trafegabilidade na rodovia sob concessão, e vem acompanhando de perto qualquer movimento que venha a intervir na passagem de veículos pela BR-163/MT. “Em seus trechos de responsabilidade, a Rota do Oeste atua hoje com 12 equipes de manutenção, número que deve ser aumentado com queda no volume de chuvas”, destaca.