Mato Grosso foi o segundo Estado do País que mais elevou sua receita nos últimos quatro anos. Neste período, a variação real – ou seja, acima da inflação – foi de 7,3%.
Neste cenário, o Estado ficou atrás apenas do Piauí, onde o incremento real na receita foi de 8,1%.
Os dados constam em uma reportagem publicada nesta segunda-feira (7) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O levantamento mostra que a arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos estados avançou quase 5% no ano passado, bem acima do crescimento da economia, projetado em 1,3% pelo Banco Central.
Os números apresentados pela Folha atestam descontrole dos gastos em Mato Grosso, já que o Estado tem conseguido elevar sua receita de forma consistente, mas não consegue fazer frente às despesas, que vêm crescendo ano a ano.
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, já adiantou que o governador Mauro Mendes (DEM) pretende rever os gastos com a folha salarial.
Além disso, medidas para diminuir o déficit previdenciário deve constar na pauta da atual gestão durante os próximos meses.
Esta é, inclusive, uma das pautas citadas pela Folha de S. Paulo. Conforme a reportagem, a maior parte dos governadores eleitos manifestou ao novo ministro da Economia, Paulo Guedes, a intenção de apoiar uma reforma da Previdência que aumente a idade mínima de aposentadoria dos servidores e a contribuição dos inativos.
Em contrapartida, os governadores poderiam ter mais recursos em caixa, como, por exemplo, por meio da arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o IR (Imposto de Renda) – hoje feitos pela União.