Duas travestis e dois gays foram assassinados entre junho de 2017 e dezembro deste ano, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, vítimas de ‘LGBTfobia’.
Durante o ano passado, cerca de 445 pessoas morreram no país por ter a identidade de gênero diferente da maioria, que representa um aumento de 30% em relação a 2016, que foi registrado 343 mortes.
Em Mato Grosso, foram registrados 15 assassinatos motivados pelo crime, no ano passado.
A Associação de Defesa de Direitos Humanos afirma que no Brasil uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Essa estatística também está inclui as mortes por suicídio, sendo a maioria motivada pelo preconceito.
São muitas as dificuldades enfrentadas pelas travestis e transexuais. A presidente do Grupo de Apoio às Travestis e Transexuais , Adriana Liário, explicou que uma das principais dificuldades para as travestis e transexuais é conseguir uma vaga de emprego.
“Alguém da emprego para as travestis trabalhar? Ninguém nos da emprego. Aqui em Rondonópolis tem uma travesti que é assistente social e não consegue emprego. O único lugar que a sociedade aceita que a gente esteja, é na esquina da rua”, disse.
Em uma casa que fica no município abriga 40 travestis e transexuais de todo o país.
Desde 2014, elas registraram cerca de 400 boletins de ocorrência por diversos crimes. Segundo o professor de psicologia social Márcio do Nascimento, a falta de entendimento sobre o que é a identidade de gênero.
“Muitas vezes pela falta de entendimento do que é uma travesti e uma transexual, temos identificado uma onda de conservadorismo, e estamos criando políticas de morte, sobre quem deve viver e quem deve morrer”, afirmou.