Dois servidores estão entre os alvos da ‘Operação Opus Ficta’, deflagrada nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal, em Mato Grosso. Eles estariam envolvidos em crimes previdenciários investigados na ação. Agentes estão na sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), onde recolheram documentos na sala em que trabalham os dois funcionários públicos.
A fraude consistia na inserção de vínculos laborais inexistentes, com empresas que já se encontravam com as atividades encerradas. O esquema criminoso contava com a participação de dois servidores do INSS, que, mesmo ciente das fraudes, concediam os benefícios, além de um contador e outras três pessoas.
A sede do INSS foi um dos locais onde houve busca e apreensão de documentos. Agentes procuraram provas na sala onde os dois servidores públicos trabalhavam.
Os envolvidos responderão, ao menos, pelos crimes de estelionato contra a autarquia previdenciária e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Os prejuízos causados aos cofres públicos remontam ao valor de R$ 3 milhões, mas poderiam atingir os R$ 13 milhões, caso o esquema não fosse descoberto.
A investigação teve início no ano de 2017, após informações fornecidas pela Coordenação de Inteligência Previdenciária, dando conta da inserção de vínculos empregatícios falsos no sistema do INSS, o que possibilitou a concessão e manutenção de dezenas de benefícios previdenciários fraudulentos (aposentadoria por idade e/ou tempo de contribuição).
Opus Ficta
A origem do nome da operação vem do latim e significa ‘trabalho fictício’.